Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
O gesto de flecha no ar, eternizado pelo homem mais rápido do mundo em suas vitórias, e o corte de cabelo em forma de raio na lateral da cabeça indicam a idolatria do garoto brasiliense Michael Brian, de apenas oito anos, ao jamaicano Usain Bolt. A exemplo do ídolo, ele se destaca pela velocidade que imprime nas pistas e pelo aproveitamento nas provas infantis de atletismo, combinação que rendeu o apelido pelo qual é conhecido no Distrito Federal: Boltinho.
O pequeno atleta possui números impressionantes em dois anos competindo em provas de 100m, 200m e 400m pelo Brasil. Mesmo concorrendo com meninos até dois anos mais velhos, já subiu ao lugar mais alto do pódio 44 vezes, finalizou duas provas em segundo e levou o bronze em uma oportunidade.
Em seu histórico de vitórias, destacam-se o título na Corrida Garotada, evento que acontece simultaneamente à tradicional prova das 10 Milhas da Garoto, e o pentacampeonato na Maratoninha Caixa – além do bom desempenho nas duas últimas edições da São Silvestrinha, quando chamou a atenção pela vantagem sobre alguns concorrentes. Com 24 quilos distribuídos por 1,24 metro, é capaz de correr 200 m em 36 segundos.
Segundo seu pai, Bruno Silveira, Boltinho já tem trejeitos de atleta profissional. O garoto leva o esporte a sério, recebe convites de organizadores de eventos e já se espelha em esportistas mais experientes – principalmente, claro, Bolt.
“Eu e minha mulher queremos que ele encare a corrida como uma brincadeira, mas a cabecinha dele é muito competitiva. Ele é muito maduro nesse sentido, não tem brincadeira. O Michael parece um adulto mesmo. Antes das largadas, permanece focado, só olhando para frente. De tão concentrado, às vezes nem responde quando falam com ele”, diz.
Boltinho mal havia completado três anos de idade quando aprendeu a admirar Bolt. Enquanto os familiares assistiam pela TV ao jamaicano aumentar sua coleção de medalhas nas Olimpíadas de Londres, em 2012, Michael não parava de fazer perguntas sobre o homem mais rápido do planeta. Desde então, sonha em conhecer o ex-velocista.
O sucesso nas pistas veio anos depois. Bruno matriculou o filho em aulas de corrida em um centro esportivo próximo de sua casa. Depois de uma semana, foi chamado pelos professores para ouvir que o rendimento de Michael era superior ao dos colegas.
“Seu filho tem talento. Procure alguém para lapidar as habilidades dele”, ouviu o pai de Boltinho. Foi assim que o garoto passou a ser supervisionado pelo piauiense Reginaldo Júnior, o Maninho, ex-atleta da BM&F Bovespa, que orienta Boltinho uma vez por semana.
Apesar da vocação para a velocidade, Boltinho se divide entre o atletismo, o futebol e a natação. Depois de ouvir de um médico que o aprimoramento físico para o atletismo deve ser intensificado só a partir dos 16 anos, Bruno toma cuidado para não sobrecarregar o corpo do filho nem para deixar de lado os estudos.
“Estamos indo com cautela. Vamos ver o que ele vai escolher como esporte que mais lhe agrada. Vai ser uma escolha dele, não nossa”, conta o pai.
Compartilhar link