Dois sobreviventes dos atentados contra a Maratona de Boston em 2013 que tiveram suas pernas amputadas após a explosão de duas bombas na linha de chegada vão disputar a edição de 2016 da tradicional corrida, que acontece nesta segunda (18). Depois de três anos, vítimas continuam a sofrer com as consequências do ataque e com a trágica lembrança daquele ano.

Patrick Downes estava assistindo à chegada dos atletas com sua esposa, Jessica Kensky, quando as bombas explodiram. Ambos perderam suas pernas esquerdas. No ano passado, eles correram juntos os 42 km da prova usando handbikes. Desta vez, porém, os ferimentos de Jessica a impossibilitarão de acompanhá-lo.

O atleta vai correr ao lado de parentes, amigos e membros das Forças Armadas também amputados para levantar dinheiro para o “BC Strong Scholarship“, projeto que auxilia estudantes deficientes físicos. O grupo pretende chamar a atenção também para o projeto “Caring for a Cure”, apoiado por Jessica e que ajuda pacientes oncológicos do Massachusetts General Hospital.

Outra sobrevivente a encarar a Maratona de Boston é Adrianne Haslet-Davis, que também perdeu parte de sua perna esquerda nas explosões. A ex-dançarina jamais imaginou correr uma prova longa como essa, mas tem treinado para concluir o desafio em homenagem a todos aqueles que, assim como ela, também foram vítimas de ataques terroristas.

Adrianne passou por tratamento e recuperação muito dolorosos e tem se dedicado para conseguir completar o percurso correndo com uma prótese. Ela vai aproveitar a ocasião para levantar verbas para a fundação “Limbs For Life”, cujo objetivo é ajudar pessoas sem condições de comprar uma prótese.

O ataque de 2013 marcou profundamente a Maratona de Boston, transformando para sempre o evento em um momento não só de superação, mas também de reflexão. Além de Patrick e Adrianne, outros 24 mil corredores e dezenas de milhares de espectadores estarão, de alguma forma, prestando uma homenagem aos três mortos e 264 feridos do atentado.