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Ele correu maratonas em 133 países depois de vencer o câncer três vezes

Existem histórias incríveis, existem histórias inacreditáveis e existe a história de Brent Weigner. Com 67 anos, o ex-professor de geografia da sétima série de uma escola em Cheyenne, Wyoming, estado menos populoso dos EUA, completou em junho a Maratona de Madagascar. Com ela, Brent correu maratonas em 133 países, um recorde mundial. Como se não fosse o suficiente, o americano já sobreviveu ao câncer três vezes em sua vida.

Brent começou sua trajetória nas provas de 42 km em 1968, com apenas 18 anos. Em 1974, veio a primeira internacional, no México. Desde então, ele correu em todos continentes (incluindo a Antártida), além de ultramaratonas no Polo Sul e no Polo Norte. 

Seu maior objetivo é chegar aos 160 países; em 2017, a meta é correr mais 30 maratonas. Se uma nação não tem competição, Weigner se vira: ele já criou uma própria quando visitou as Ilhas Turcas e Caicos, no Caribe. Tamanha obsessão fez sua esposa, Sue, obrigá-lo a prometer que só correria 12 provas no ano que vem. Afinal, o professor que correu maratonas em 133 países  está perto de completar 70 anos.

A idade, claro, traz suas dificuldades. Weigner confessa que já sofreu várias lesões pela corrida e que isso o faz ser mais cauteloso conforme os anos chegam. A competitividade, a persistência e a paixão pelo esporte demonstrada, no entanto, não devem deixar ele desistir depois de tudo que superou.

 

 

Na sexta série, Brent foi diagnosticado com linfossarcoma, um tumor maligno, no pescoço. Foi a primeira batalha contra o câncer. Com 22 anos, quando se preparava para seguir carreira militar no Colorado, soube pelo seu superior que estava com câncer de novo; desta vez, o prognóstico era de 6 meses a 1 ano de vida. Doze anos depois, já quando corria regularmente em maratonas, Brent desenvolveu um nódulo ao lado de sua mandíbula. Depois de removido, foram 6 meses com o lado esquerdo da face paralisado – nesse período, ele correu duas provas e pediu sua esposa em casamento.

“Estou feliz porque estou vivo. Sou muito grato”, diz Brent. “Corro pela mesma razão que pássaros voam e peixes nadam. É o que eu faço, é o que me faz sorrir”. No próximo 9 de julho, ele pega um avião para a Bielorrússia, onde correrá até a Lituânia: será a 134ª maratona em sua conta.

Diogo Magri

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