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A Comrades, ultramaratona realizada na África do Sul no início de junho, foi palco de uma bela história de superação do sul-africano Xolani Luvuno, de 33 anos. Sem poder usar sua lâmina de corrida na cobiçada prova, Luvuno, que teve a perna direita amputada em 2009 após sofrer com um câncer, se viu obrigado a concluir a prova de 90 km apoiado em duas muletas.
Os problemas com as lâminas de corrida levaram a organização a permitir que ele tivesse algumas horas a mais para completar o desafio – o tempo-limite para os participantes é de 12 horas. Apesar das dificuldades, o sul-africano, que largou antes dos demais competidores, conseguiu cruzar a linha de chegada em 15h50min.
Superar obstáculos através do esporte é uma das especialidades de Luvuno. Anos antes de cogitar a participação na Comrades, a amputação da perna direita o conduziu a um quadro de alcoolismo. A dependência química evoluiu e contribuiu para que ele morasse nas ruas de Pretoria, sobrevivendo de esmolas dadas por moradores locais.
Morador de rua até 2016, ele foi salvo após um encontro com o empresário Hans Venter, que lhe ofereceu ajuda e o incentivou a participar de grupos de reabilitação. Livre do alcoolismo, ele começou a correr e pegou gosto pela modalidade.
Venter presenteou Luvuno com uma lâmina de corrida, peça essencial para que ele participasse das provas. No entanto, semanas antes da Comrades, a lâmina provocou uma ferida em seu corpo. Nem assim ele desistiu de participar da prova, recorrendo às muletas para alcançar seu objetivo.
Emocionado com o seu feito, ele foi presenteado com uma medalha especial, gravada com o seu nome, diferente das medalhas dadas aos atletas que completam a prova dentro do tempo limite de 12 horas.
“Obrigado a todos pelo apoio. Me sinto impressionado com o que vi aqui”, agradeceu.
Agora, Luvuno tem metas ainda mais ambiciosas: cogita a participação nos Jogos Paralímpicos de 2020, em Tóquio, e a disputa de um Ironman.
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