Corredoras se unem para ajudar moradores do Capão Redondo

Notícias

Corredoras se unem para ajudar moradores do Capão Redondo durante pandemia

Ficar em casa e seguir as medidas recomendadas pelos órgãos de saúde do mundo todo são atitudes básicas para diminuir o avanço do novo coronavírus, Covid-19. Mas muitos não têm condições de parar de trabalhar, pois não têm sequer água para beber, quanto mais para lavar as mãos. Pensando em uma forma de ajudar, um grupo de amigas se juntou em um verdadeiro mutirão – que vai desde a colaboração em dinheiro por meio de uma vaquinha virtual até a organização de doações como cestas básicas, álcool em gel, máscaras e outros itens para moradores da região do Capão Redondo, localizado no Campo Limpo em São Paulo.

“Falei com minha amiga Neide Santos, fundadora do Projeto Vida Corrida, ONG que leva esporte para crianças e mulheres do Capão Redondo, para saber como estavam as coisas por lá durante a pandemia e as palavras dela partiram coração. Decidi então que não ia mais ficar parada. Como sei que sozinha não tenho forças, juntei um time poderoso de mulheres, corredoras e executivas, para decolarmos juntas uma campanha de ajuda ao Capão”, conta Paula Narvaez.

Água e álcool gel são artigos de luxo no Capão Redondo. Além disso, começa a faltar comida, já que as pessoas não podem trabalhar. “Muitas mulheres não tem mais o que dar de comer aos filhos”, diz Neide Santos.

O mutirão está funcionando em várias frentes: de vaquinha virtual (para comprar água, sabão, alimentos) a doação de alimentos e itens de higiene e limpeza. Em três dias de campanha, foram arrecadados quase 40 mil – mas a vaquinha segue no ar até o final da pandemia. “Estamos centralizando tudo no Projeto Vida Corrida, que nos ajudará a coordenar as compras e entregas”, explica Paula, que também está à frente da prestação de contas das doações.