Corrida por uma boa causa

Atualizado em 20 de setembro de 2016
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Inspirados em um projeto norte-americano, quatro atletas brasileiros têm usado a corrida para ajudar pacientes que sofrem de Hipertensão Arterial Pulmonar. Apesar de ser uma doença rara, a HAP é difícil de ser diagnosticada, fazendo com que as pessoas tomem conhecimento do problema quando este já está em um estágio avançado.

Chamado de Team PHenomenal Hope Brasil, o grupo de voluntários é o primeiro “braço” internacional da equipe dos Estados Unidos, que foi fundada por quatro médicas que atravessaram o país de bicicleta, arrecadando fundos para pesquisa sobre a Hipertensão Arterial Pulmonar. O objetivo do time brasileiro, contudo, é arrecadar assinaturas para uma petição online que visa pressionar o Governo Federal para revisar o Protocolo Nacional de Tratamento de HAP, provendo melhores condições para os pacientes se tratarem.

De acordo com Paula Menezes, uma das integrantes da equipe brasileira, a ideia surgiu quando ela participava, em 2014, da Conferência Internacional de Hipertensão Pulmonar, em Indianapolis, EUA. “Conheci o trabalho do Team PHenomenal Hope e fiquei impressionada com a grandiosidade da iniciativa, o enorme desafio físico, o entusiasmo de toda a equipe e o montante arrecadado. Tive a ideia de fazer algo similar no Brasil até que, no ano seguinte, com a ajuda da fundadora do projeto, montamos nosso time brasileiro”, conta.

Ela argumenta que os medicamentos para tratamento da doença são de alto custo, e que o Governo tende a protelar o fornecimento. “A maioria deles recorre a medidas judiciais para conseguir a medicação e, mesmo assim, muitas vezes o Governo atrasa. Isto, para uma doença fatal, é uma sentença de morte”, explica. “Queremos que as pessoas nos apoiem da forma que puderem e, acima de tudo, buscamos exigir dos órgãos competentes o provisionamento digno de tratamento aos pacientes”, diz.

Além de Paula, o grupo é formado por Ricardo Panato e pelo casal Carlos e Marina Mello. Os dois primeiros começaram a correr por conta do projeto, enquanto que o casal já praticava o esporte. Carlos, inclusive, é o treinador da equipe. O principal desafio dos corredores é a Maratona de Revezamento Bertioga-Maresias, uma prova desafiadora que conta com um percurso de 75 km.

Porém, enquanto se preparam para a corrida, marcada para outubro deste ano, a equipe tem participado de diversos outros eventos esportivos em busca de mais pessoas dispostas a ajudar. Neste domingo (17), o grupo esteve presente na etapa carioca da Night Run, que destinou um espaço exclusivo a eles para facilitar a coleta de assinaturas. Mas quem quiser ajudar não precisa participar de nenhuma prova: basta acessar o link da petição e deixar a sua assinatura online.