Você completou 60 anos e resolveu que vai vivenciar novas experiências. Todos os dias, encontra diversas pessoas correndo nas ruas, além de sempre ser convidado por amigos e familiares para treinar junto com eles, afinal quem se dedica à correr tem verdadeiro amor pela corrida de rua. Você fica empolgado com a ideia, mas acha que já passou da idade de começar no esporte.
A corrida é uma ótima aliada para manter a saúde depois de se tornar sessentão. Prova viva disso é o indiano Fauja Singh, que começou a correr aos 80 anos, tentando superar o trauma da morte de seu filho e de sua esposa, em um intervalo de tempo muito curto e vai correr, novamente, uma maratona (e aos 103 anos!). A atividade auxilia na manutenção da massa muscular e óssea, trabalha o equilíbrio e a resistência cardiovascular, fazendo com que você tenha condições de manter uma vida ativa e saudável por muito mais tempo.
É claro que será preciso ter um acompanhamento médico, além de fazer um trabalho de fortalecimento muscular, para que o seu corpo suporte a sobrecarga da corrida (sempre moderada) de forma adequada. Mas os benefícios farão com que você fique de bem com a vida.
Assim como qualquer novato, o corredor acima dos 60 anos precisa ter cuidado na fase de adaptação da corrida, evoluindo de forma lenta e contínua e lembrando, sempre, que apesar de esse tipo de atividade física ser um estímulo importante para o corpo, o excesso de impacto nas articulações pode causar lesões. Os treinos de maior intensidade, quando se trabalha velocidades máximas, devem ser evitados ou feitos com cautela nessa faixa etária. Isso porque o período de recuperação aos estímulos, em alguns casos, é superior, sendo ainda necessário respeitar o tempo de adaptação, de acordo com a evolução de cada corredor. Por isso, para atletas mais velhos é importante um acompanhamento individualizado.
Como indicado para outras idades, é necessário dar atenção para o trabalho de força muscular e de flexibilidade. Outras capacidades como equilíbrio, coordenação motora e agilidade também devem ser trabalhadas, uma vez que serão essenciais para evitar quedas e para melhorar a performance nas atividades do dia a dia.
(Fonte: Diego Leite de Barros, educador físico, fisiologista do esporte e diretor da DLB Assessoria Esportiva – São Paulo)
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