A tentativa da Nike e de três de seus atletas de correr uma maratona abaixo de 2 horas virou filme. Produzido pela National Geographic, o documentário Breaking2 foi apresentado pela primeira vez nesta sexta-feira em Londres e enfatiza o lado humano dos atletas que se dedicaram a quebrar uma barreira considerada impossível por muitos.
O queniano Eliud Kipchoge, o eritreu Zersenay Tadese e o etíope Lelisa Desisa fizeram a tentativa oficial de quebra da marca em 6 de maio no Autódromo de Monza na Itália. Kipchoge foi quem mais se aproximou do sonhado, correndo a 2h00min25s.
O tempo, 2min abaixo do recorde mundial, é o melhor da história, mas não pode considerado recorde da distância porque o percurso não é homologado pela Federação Internacional de Atletismo.
Grande parte do projeto Breaking2 foi a revolução tecnológica promovida por uma equipe de cientistas e o controle das variáveis que influenciam a corrida. Mas não é esse o foco do documentário dirigido por Martin Roe.
Em vez de mostrar o desenvolvimento de calçados, avaliação de estratégias para o feito e até a criação de uma nova bebida isotônica, o britânico apostou em explorar como vivem os protagonistas do projeto.
Kipchoge, Tadese e Desisa são retratados em seus países natais, em meio a suas famílias e rotinas de preparação, enquanto ainda imaginam as possíveis consequências do projeto capitaneado pela Nike.
O queniano, por exemplo, mostra a vida simples que leva apesar de acumular milhões de dólares em premiação. Aparece lavando banheiro e dividindo a mesa de seu centro de treinamento com companheiros. E reflete sobre o que significaria quebrar a barreira das 2 horas na maratona, ou mesmo se aproximar dela. “Nenhum humano é limitado, essa é minha mensagem”, diz.
O documentário Breaking2 também retrata Tadese, recordista mundial da meia-maratona, adquirindo um surpreendente novo hábito: hidratar-se. O eritreu não bebia água nem quando participava de provas de 42 km. Com o novo costume, completou o desafio em 2h06min51s – seu melhor tempo até então era 2h10min41s.
Já Desisa, escolhido para o projeto por seu grade potencial de evolução, aparece sofrendo para apresentar a performance esperada conforme a preparação avança. Ele foi o primeiro a sentir o ritmo forte necessário para o feito e ficou para trás do pace imposto pelos coelhos ainda na metade do evento em maio.
A equipe de cientistas, que poderia ser a peça central fosse outra a abordagem, age como guia narrativa do documentário. O time aparece com protagonismo, no entanto, retratando a angústia e a expectativa dos últimos quilômetros de Kipchoge no asfalto de Monza.
O documentário Breaking2 terá estreia mundial em 20 de setembro, pelo canal de TV National Geographic. A obra foi traduzida para 41 idiomas.
*O jornalista viajou a convite da Nike
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