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Uma competição de atletismo disputada por adolescentes americanos em New Haven, no estado de Connecticut, foi palco de uma enorme polêmica neste mês. Duas velocistas transgênero foram as primeiras colocadas em uma prova estadual feminina de 55 metros em pista coberta e viram suas performances dividirem opiniões.
Terry Miller venceu a prova e quebrou o recorde feminino estudantil dos 55 metros ao terminar a bateria decisiva em 6s95. Andraya Yaerwood cruzou a linha de chegada logo depois, em 7s01. A terceira colada, que não é transexual, terminou em 7s23.
Miller e Yearwood entraram na mira das concorrentes no ano passado, quando passaram a liderar as baterias da categoria de 100 metros. Desde então, adversárias apontam que não conseguem competir com a dupla de atletas trans.
“Todos nós sabemos o resultado da corrida antes mesmo de começar. É desmoralizante. Eu apoio a causa delas e estou feliz por elas serem fiéis ao que acreditam. Quero que elas tenham o direito de se expressar na escola, mas o atletismo sempre teve regras para manter a competição justa”, afirmou Selina Soule, da Glastonbury High School, ao jornal Washington Times.
Miller esquivou-se das críticas e disse que, caso sentisse que uma adversária tinha uma vantagem injusta, simplesmente tentaria melhorar seu rendimento. Já Yearwood reconhece que é mais forte que as rivais, mas aponta outras possíveis vantagens das adversárias.
“Uma velocista pode ter pais que gastam muito dinheiro em treinamento pessoal, o que, por sua vez, faria com que a criança corresse com mais rapidez”, rebateu.
Connecticut é um dos 17 estados que permitem que atletas transgênero colegiais participem de competições sem restrições. Outros sete estados são mais rígidos com a participação de atletas transexuais, exigindo que compitam com o gênero da certidão de nascimento ou tratamentos hormonais supervisionados.
Em meio à polêmica, Yearwood espera se classificar para o campeonato da National Scholastic Athletics Foundation, que reunirá algumas das melhores velocistas de diversas regiões dos Estados Unidos. A organização da competição, no entanto, pede que as jovens transexuais tenham finalizado a cirurgia de redesignação sexual e se submetam a uma terapia hormonal “para minimizar as vantagens competitivas relacionadas ao gênero”.
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