A IAAF (Federal Internacional de Atletismo), que nos últimos dias recebeu denúncias do periódico Sunday Times e da TV alemã ARD/WDR de acobertar casos de doping no atletismo entre 2001 e 2012, resolveu se antecipar a novas críticas. A instituição divulgou nesta terça-feira (11) que refez as análises de doping dos Mundiais de Atletismo de Helsinki (2005) e Osaka (2007). Segundo a Federação, os exames apontaram 32 novos casos de doping nas competições, de 28 atletas diferentes.
Entretanto, a IAAF garante que as reportagens que dizem que um terço das medalhas (146, sendo 55 de ouro) de Mundiais e Olimpíadas nos últimos anos foram vencidas por atletas que testaram substâncias suspeitas, não têm relação com esses novos resultados divulgados.
A divulgação desses novos casos de doping no atletismo é considerada, na realidade, uma estratégia da WADA (Agência Internacional Antidoping) para que a imagem da IAAF não seja atacada. Além disso, o objetivo é que as denúncias não atrapalharem o trabalho de tolerância zero ao doping, principalmente no Mundial de Atletismo, que começa em 15 dias, e nos Jogos Olímpicos de 2016. Segundo o novo código antidoping, outros exames podem ser feitos com coletas de até dez anos.
Ainda segundo a entidade, o trabalho de revisão de Helsinki começou em 2012 e todos os atletas envolvidos já não competem mais. Em caso de confirmação dos testes e contraprovas, a IAAF vai reorganizar a distribuição de medalhas, tempos e recordes, além de convocar os ex-atletas para depor.
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