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Depois de Mo Farah se manifestar sobre o caso de doping que envolve o nome de seu técnico, Alberto Salazar, o tricampeão da Maratona de Nova York e principal coach do Nike Oregon Project (NOP) também se manifestou.
Com uma carta dividida em duas partes publicada na última quarta-feira (24 de junho) no site oficial do NOP (que você pode ler na íntegra clicando na parte 1 e na parte 2, Salazar nega todas as acusações de incentivar o doping de seus atletas feitas em documentário feito pela rede britânica BBC em parceria com a ProPublica.
Dentre as acusações principais está o caso de Galen Rupp, recordista norte-americano dos 10.000 metros e prata na mesma distância nos Jogos Olímpicos de 2012, que teria ingerido substâncias proibidas para o aumento de performance desde os 16 anos – tudo supostamente incentivado pelo técnico.
DOPING: MO FARAH SE DEFENDE DE ACUSAÇÕES
DOPING: TREINADOR AMERICANO SE DEFENDE
Nas cartas, Salazar desmente todo o caso e ainda descreve comunicações por e-mail (com cerca de 30 documentos) para provar seu posicionamento, assim como explica o uso das medicações feitas por Galen Rup. Segundo ele, o uso para o tratamento de asma e de hipotireoidismo se encaixa na Autorização de Uso Terapêutico (AUT) dos medicamentos, que permite que os atletas tomem, por razões médicas, remédios com prescrição que às vezes não são permitidas pela regulamentação anti-doping.
Salazar escreve, ainda, que desde 2011 apenas quatro casos de AUT foram emitidos para os atletas do Nike Oregon Project, e que todos foram usados em um período de três a cinco dias. No caso de Rupp, o atleta teria recebido a medicação duas vezes desde 2010, ainda de acordo com as cartas divulgadas pelo coach. Dos 55 corredores que ele treinou no NOP, cinco (9,1%) foram diagnosticados com hipotireoidismo depois de entrar para a equipe e oito (14,5%) demonstraram asma induzida por exercício.
O técnico ainda afirma que são falsas as acusações feitas por Steve Magness (ex-treinador do NOP que trabalhou diretamente com Salazar e uma das principais fontes do documentário), e de Kaura Goucher (maratonista americana que integrou a equipe de Salazar por sete anos e que também faz denúncias contra o técnico). Para isso, Salazar fez ataques pessoais a Steve Magness, dizendo que ele não renovou o contrato com treinador por ele ser imaturo para treinar os seus atletas, além de afirmar que Magness teria um caso com uma das atletas do time. Já com relação à Kara Goucher, Salazar afirma que o marido da maratonista teria forçado o termino da relação técnico-atleta.
Após a divulgação das cartas, a BBC escreveu uma declaração via Twitter afirmando que confiam no documentário produzido e que é de direito dos acusados expor suas alegações. Ainda segundo a rede britânica, as acusações detalhadas foram enviadas a Salazar quatro semanas antes do programa ir ao ar, dando-lhe a oportunidade de rebatê-las, o que não foi feito antes da divulgação do documentário.
De acordo com a Associated Press, a Agência Anti-Doping dos Estados Unidos está investigando as acusações contra Salazar.
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