A vitamina D possui inúmeras funções no corpo humano, como fortalecer o sistema imunológico, melhorar a saúde óssea e cardiovascular, auxiliar na recuperação muscular e na queima de gordura abdominal. Porém, além disso, de acordo com um estudo realizado pela Virginia Commonwealth University e publicado na European Journal of Preventive Cardiologia, essa vitamina (que, na verdade, é um hormônio) pode ter ligação com a capacidade cardiorrespiratória.

Na pesquisa, foram checados os níveis de vitamina D presentes no sangue de 1.995 pessoas entre 20 e 49 anos. Após a checagem, os cientistas compararam os níveis com o resultado do teste de VO2 máximo dos participantes. Essa análise permite que seja constatada a capacidade do corpo transformar oxigênio em energia.

No primeiro momento, a conclusão dos pesquisadores foi de que as pessoas que possuíam maiores porcentagens da vitamina no sangue, tinham uma aptidão cardiorrespiratória 4,3 vezes maior do que as demais. Depois, considerando fatores como idade, sexo, raça, IMC, tabagismo, hipertensão e diabetes, a inclinação era de 2,9 vezes maior.

Amr Marawan, o autor do estudo, revelou em entrevista a Runner’s World britânica que “há uma associação entre vitamina D e a aptidão cardiorrespiratória. Mas ainda não sabem se ocorre uma melhora por conta dos níveis mais altos de vitamina D, ou se os níveis de vitamina D são melhores por causa de uma melhor aptidão”.

“Além disso, não está claro se aumentar ou complementar a quantidade de vitamina no corpo aumenta a capacidade aeróbica, caso os níveis já estiverem dentro da faixa normal e não houver deficiência. Há dados conflitantes sobre isso”, afirma Marawan.

A vitamina D é lipossolúvel e pode ser obtida naturalmente por meio da luz solar e de certos alimentos — como peixes (salmão, atum, peixe-espada, sardinha), gema de ovo, leite fortificado, cereais fortificados, suco de laranja fortificado e cogumelos. Porém, também, é possível usar suplementos para que o corpo alcance a quantidade necessária.