Correr 42 km não é tarefa fácil e é muito comum, mesmo entre atletas bem preparados fisicamente, sentir uma forte dor pós-maratona, decorrente de todo o esforço físico realizado. Mas uma nova pesquisa aponta que a percepção do incômodo pode mudar com o tempo.
Um estudo realizado no Centro Nacional de Ciência da Polônia concluiu que quanto mais tempo passa depois da maratona, menos os corredores lembram das dores sentidas durante a prova.
Os pesquisadores avaliaram 62 maratonistas, que foram questionados sobre o nível de dor que passaram ou estavam sentindo, logo após cruzarem a linha de chegada da Maratona de Cracóvia, também na Polônia. Após essa análise, os maratonistas foram divididos em dois grupos: 32 participantes responderam essa mesma pergunta três meses depois e 30 corredores deram a resposta sobre a dor pós-maratona seis meses depois.
Os maratonistas que responderam depois de três meses, informaram que a corrida havia sido 10% menos dolorosa em relação ao que disseram após a maratona. Para o grupo que respondeu seis meses depois, a diferença foi ainda maior. Os corredores lembravam de sentir 20% menos dor em relação ao dia da Maratona de Cracóvia.
“Embora a maratona tenha sido considerada dolorosa, é uma experiência emocionalmente positiva, especialmente para os participantes que completaram a corrida”, explicou Przemysław Bąbel, autor do estudo.
A pesquisa ainda revelou que subestimar a dor de uma corrida está relacionada ao modo como a memória funciona. “Se uma atividade dolorosa produz resultados de valor, as emoções positivas ajudam a garantir que a dor não nos impeça de fazer a atividade novamente”, completou Bąbel.
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