Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Ao legalizar o uso recreativo da maconha, o estado do Colorado, nos EUA, já levantou a discussão sobre o uso da droga. Aliás, um tema bem debatido entre os norte-americanos Mas agora o assunto está, também, nas rodinhas de corredores de lá. Em especial àqueles que se dedicam a distâncias maiores, como a ultramaratona.
Reportagem publicada pelo Wall Street Journal mostra que o número de ultramaratonistas norte-americanos que vem recorrendo ao entorpecente para ter up no rendimento e aliviar dores e náuseas pós-treino não para de crescer.
Tudo começou pouco antes do Carnaval, quando uma série de corredores passou a postar em seus blogs defesas ao uso da maconha relacionada à corrida. Entre eles estava Avery Collins, ultramaratonista do Colorado que já ganhou diversos títulos. O atleta admite consumir maconha de quatro a cinco vezes na semana, fator que diz ser benéfico para os seus treinos, pois a droga ajudaria a cumprir sua planilha bastante puxada, que chega a totalizar mais de 240 km na semana. Segundo suas declarações ao jornal, a maconha aliviaria o estresse e o ajudaria em passadas mais “relax”, sendo boa, ainda, depois das provas.
USE A CORRIDA NO COMBATE AO ESTRESSE
CORRA DEVAGAR PARA VIVER MAIS, DIZ ESTUDO
DEIXE AS LESÕES BEM LONGE DE VOCÊ
Outra que se posicionou a favor do uso foi Jen Shelton, ultramaratonista também norte-americana, que coleciona alguns recordes em provas duras, como a famosa John Muir. Para ela, quem corre longas distâncias precisa lidar com a dor e evitar os vômitos, no que a maconha ajudaria. Com uso frequente antes dos treinos, mas nunca em provas, pois a atleta afirma que isso poderia aumentar seu rendimento, o que seria antiético.
Como a maconha age no corpo
O analgésico traria benefícios como a redução de náuseas, o que pode torná-lo especialmente tentador para atletas de endurance, que relatam esses desconfortos ao treinar para corridas que podem durar muitos mais tempo do que uma maratona. Essas provas podem ter de 48 km a 321 km, e normalmente cruzam terrenos montanhosos e trilhas rochosas. Por conta disso, os corredores sentem dores de estômago e dores musculares e nas articulações que são bastante intensas. Às vezes, eles chegam a correr mais de 24 horas. Daí a defesa do uso da maconha, que amenizaria esses incômodos.
Para que tenha ideia, em entrevista ao Wall Street Journal, a médica Lynn Webster, fundadora de uma clínica pioneira no uso medicinal de maconha nos EUA, a Lifetree Pain Clinic, afirma que há evidências de que os canabinóides realmente bloqueiam os sinais bioquímicos da dor.
Outro fato coloca ainda mais lenha na fogueira: a Agência Mundial Antidoping elevou, em 2013, a quantidade permitida de THC (princípio ativo da maconha) a ponto de só ser constatado resultados positivos em testes se o atleta usar a droga durante a prova. Na prática, isso abriu caminho para o consumo em treinos e no pós-prova, assim como na noite anterior do evento. No entanto, a agência frisa que o uso é proibido em provas por melhorar a performance e violar o espírito esportivo.
Mas a discussão sobre a legalização da substância ainda é polêmica, apesar de estar ganhando fôlego. O entorpecente é legalizado para uso médico em 23 estados americanos. No Brasil, a discussão ainda é insípida.
Como você viu, a questão é polêmica. Se quiser contribuir com o seu ponto de vista, escreva aí no campo de comentários suas ideias.
Compartilhar link