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O maratonista queniano Geoffrey Kamworor é um dos nomes mais promissores do atletismo mundial. Aos 26 anos, ele carrega em seus ombros o peso de ser apontado por Eliud Kipchoge, o atual recordista nos 42.195 metros, como seu sucessor. “Kamworor vai superar o que fiz neste esporte”, previu Kipchoge, no início de dezembro. Mas quais são os atributos que o tornam tão especial?
Apesar da pouca idade, Kamworor é exaltado pela versatilidade e eficiência em diversas distâncias, dos 5 mil metros de pista à maratona. Na contramão de Mo Farah e Kipchoge, que começaram nas pistas e migraram para as maratonas, o jovem queniano demonstra rapidez e resistência em todas as esferas.
Coleciona marcas importantes nos 5 mil e 10 mil metros (12min59s98 e 26min52s65, respectivamente) e ainda é capaz de vencer uma major, como aconteceu na Maratona de Nova York de 2017.
A corrida surgiu em sua vida de maneira despretensiosa, como uma forma de acelerar o caminho que fazia todos os dias. Kamworor, que cresceu em uma fazenda conhecida pelo cultivo de milho, corria 5 km para ir e outros 5 km para voltar da escola onde estudava.
Mesmo vencendo todas as competições dos 800 aos 10 mil metros, a corrida era apenas um passatempo em sua vida. Até o colegial, os estudos eram a prioridade em sua vida.
“Eu era um bom aluno, um estudante esforçado. Depois do colegial, eu queria ser advogado. Pensei que seria a melhor profissão para mim”, lembra.
A preferência pela advocacia ficou pelo caminho quando Kamworor encontrou Patrick Sang, um famoso descobridor de talentos do Quênia. Sob a tutela de Sang, conhecido por sua abordagem paternal com os atletas, o garoto ganhou autoconfiança e passou a treinar ao lado de atletas de ponta do país, caso de Kipchoge.
“Eu sabia que Eliud era um grande atleta, mas o que eu realmente aprendi com ele é o valor do trabalho duro e da disciplina. Ele me encoraja muito e se tornou um grande amigo”, afirma.
Ao lado de Kipchoge, Kamworor treina duas vezes por dia quando está no interior do Quênia, na pista de terra batida de Eldoret, a 2.500 metros de altitude. O jovem maratonista faz treinos de tiros às terças-feiras e, nos outros dias, aposta em corridas longas, percorrendo até 40 km por sessão.
Com um repertório completo (velocidade, resistência e força mental), Kamworor parece caminhar a passos largos para ser um dos principais maratonistas da próxima década. Apetite para isso não falta.
“Eu gostaria de ganhar o maior número possível de títulos mundiais, olímpicos e em grandes maratonas. Correr é a minha paixão, o meu escritório. Não posso viver sem essa atividade.”
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