O caso de Rita Jeptoo ainda não tem solução definida. Apesar de o julgamento da última quinta-feira (15 de janeiro) ter sido produtivo e durado cerca de 12 horas, uma nova audiência foi marcada para ser realizada em duas semanas, segundo informações da Agence France Presse.

A maratonista, vencedora das maratonas de Boston e Chicago em 2013 e 2014, é acusada de dopping. Em outubro de 2014 foi notificado que a atleta havia testado positivo em um exame antidoping surpresa feito em setembro. Na época, Jeptoo negou o caso, pedindo um teste B. Mas em dezembro do ano passado o tal teste B também apontou que a maratonista usou substâncias ilegais.

A atleta apareceu por duas horas na audiência comandada pela Federação de Atletismo do Quênia. Cabisbaixa, não falou com a imprensa, limitando-se a entrar e sair do tribunal. No entanto, os outros depoimentos feitos a portas fechadas fizeram com que as autoridades resolvessem continuar as investigações. Isso porque, ainda segundo a AFP, há uma grande quantidade de informação que surgiram nesta audição e que devem ser analisadas.

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Suspensão pode chegar a quatro anos
Outro ponto a ser discutido no caso Jeptoo é o tempo que ela terá de ficar afastada das pistas. A suspensão pode variar de dois anos, por conta das regras que estavam em vigor no momento do teste antidopping, a quatro anos, por causa do novo mandato que entrou em vigor em 1 de janeiro.

A pena também pode variar porque apenas um de seus quatro títulos ocorreu após o teste positivo de 2014: a Maratona de Chicago, que rolou em outubro. No entanto, o ex-marido de Jeptoo, Noah Busienei, garante que ela começou a usar drogas para melhorar o desempenho em 2011.

Em tempo: o anúncio positivo do teste A da maratonista levou ao cancelamento da cerimônia da World Marathon Majors (WMM) para honrá-la como vencedora das edições de 2013 e 2014 das maratonas de Chicago e Boston. Na ocasião, ela receberia o equivalente a US$ 1.000.000.