A participação feminina na corrida de rua cresce a cada ano e em alguns países as prova já têm a mesma proporção de participantes homens e mulheres. Mas a conquista desse espaço demorou décadas, e teve sua principal faísca quando Kathrine Switzer correu a Maratona de Boston em 1967. Agora, aos 71 anos, ela anunciou que voltará às provas para competir na tradicional Maratona de Londres.
A atleta norte-americana foi a primeira mulher a correr em Boston com um número oficial de inscrição. Na época, apenas os homens eram aceitos na corrida, e Switzer precisou dar um “jeitinho” para conseguir sua vaga: ela usou apenas suas iniciais na hora de se inscrever, e os organizadores não suspeitaram que “K. V. Switzer” pudesse ser uma mulher.
Os 42 quilômetros não foram fáceis. Usando o icônico número 261 em seu peito, ela chegou a ser hostilizada por um oficial de prova que tentou retirá-la da pista. Ele falhou e Kathy terminou a prova com aproximadamente 4h20min, abrindo o caminho para que outras mulheres pudessem participar em Boston: cinco anos depois de seu feito, elas foram oficialmente autorizadas a entrar na prova.
Dona de um título na Maratona de Nova York (1974) e uma prata da Maratona de Boston (1975), Kathrine passou toda a vida como defensora dos direitos das mulheres no esporte, e viajou o mundo organizando 400 corridas de rua exclusivas para mulheres, além de ter sido vital para a inclusão do naipe feminino na maratona dos Jogos Olímpicos em 1984.
O Reino Unido escolheu 2018 como um ano para celebrar a igualdade feminina, e Kathrine Switzer será um ótimo personagem para a campanha. Na Maratona de Londres, Kathy usará novamente o número 261, com que fez a estreia em Boston.
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