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Por que mulheres não recebem os mesmos prêmios que os homens em eventos esportivos? A polêmica permeia o mundo do tênis há vários anos e, no último fim de semana, chegou ao atletismo.
Os organizadores da Maratona de Bruxelas decidiram nesta segunda-feira que repassariam os mesmos valores aos vencedores das categorias masculina e feminina. A decisão aconteceu após a divulgação de uma foto em que o vencedor posa com um cheque de 1.000 euros, enquanto a mais rápida entre as mulheres aparece com prêmio mais modesto: 300 euros.
O queniano Stephen Kiplagat venceu a prova em 2h11min44s. Já a belga Christelle Lemaire percorreu os 42.195 km em 3h10min42s.
Bianca Debaets, da Secretaria de Estado para a Igualdade de Oportunidades em Bruxelas, questionou a diferença de valores entre homens e mulheres em algumas modalidades. Segundo ela, jogadores de futebol “ganham em uma tarde o que as mulheres recebem em um ano”.
“O hiato salarial entre homens e mulheres não é tão evidente em nenhum outro setor como é em certos esportes”, afirmou Debaets ao jornal belga Le Soir.
Debaets ganhou o reforço de uma deputada federal belga na discussão. Catherine Fonck escreveu a situação como “surreal” e lamentou que o episódio tenha acontecido “no coração da capital europeia” – a cidade é considerada como a capital da União Europeia.
Gert Van Goolen, diretor de comunicação da agência organizadora da Maratona de Bruxelas, justificou que a categoria masculina contava com a presença de atletas profissionais, o que não ocorria entre as mulheres.
“Para fazer com que nossa capital tenha uma maratona de alto nível, tentamos atrair atletas internacionais e isso só pode ser feito através de um prêmio econômico mais atraente que o de uma competição amadora”, declarou Van Goolen.
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