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“Existem aqueles
Que querem mas não podem
Existem aqueles
Que podem mas não querem
Eu quero, eu posso … eu vou…
Brasil acima de tudo”
Essa é uma das músicas que os militares-corredores do Exército do CPOR cantam há muitos anos, e ainda o fazem, antes de subir a terrível ladeira chamada Chemin del Prá, que leva ao antigo Solar dos Andradas, o quartel do centro de formação de oficiais da reserva de São Paulo, no bairro de Santana.
As musiquinhas militares, cantadas para dar coesão à tropa e incentivá-la a prosseguir no esforço físico, são uma atração à parte das provas criadas por certas forças, como o Corpo de Bombeiros, que realizou a 21ª edição de seu evento no início de julho, no Ipiranga.
“Alegria alegria
Sinto em meu coração
Já raiou um novo dia
Vou cumprir minha missão
E a missão do Bombeiro
É com muita ralação
É com muita vibração”
A reportagem do Ativo.com, que percorreu os 10k do percurso, não flagrou nenhum caso de civil se empolgando a ponto de também entoar as canções. Mas o efeito moral desses cânticos é inegável, segundo o hoje advogado Eduardo Nunes de Souza. O veterano defensor de causas, aos 45 anos, recorda-se com nostalgia dos tempos em que corria vestido com uniforme verde-oliva.
“Acho que a musiquinha, na hora da corrida, reforça a sensação de correr em grupo. É melhor do que correr sozinho. Como tudo na vida, correr também é uma atividade que, para podermos praticá-la, necessitamos por vezes vencer o desânimo. As músicas levantam o moral da tropa”.
Nunes, que serviu no CPOR em 1990 e chegou a se graduar como segundo tenente temporário, lembra que, no início do ano, não gostava muito de correr e cantar.
“Quando a gente está fora de forma, cantar e correr ao mesmo tempo é complicado. Depois, quando você fica mais bem preparado, as musiquinhas nos ajudam a não pensar no esforço, a esquecer a dureza do caminho”.
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