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Quando a Nike anunciou no fim de janeiro seu novo tênis de corrida — o Epic React —, não se tratava de mais um lançamento habitual. Na verdade, algo muito além: o Nike Epic React é o início de uma aposta da empresa em uma tecnologia própria, desenvolvida integralmente dentro da companhia. Uma tecnologia criada com a opinião de atletas como o campeão olímpico da maratona Eliud Kipchoge, do vencedor da Maratona de Chicago Galen Rupp e da medalhista de bronze do Mundial de Atletismo nos 10.000 metros Emily Infield.
Dois anos, quase 30.000 km de testes e 400 combinações de materiais depois, nasceu, então, a espuma React. Em vez de utilizar o tradicional EVA para produzir a sola e a entressola, a marca decidiu desenvolver em seus próprios laboratórios um novo composto, capaz de atingir o que a empresa buscava para os calçados do futuro: uma espuma macia que absorvesse o impacto das passadas, mas que também fosse leve, durável e rápida de resposta.
“Se você pensar como uma espuma é criada, é como assar um pão. Para chegar ao resultado perfeito, você precisa dos ingredientes exatos, medidas precisas e condições ideais para assar. Para o React, não foi necessário apenas fazer o pão do zero, mas criar um sabor completamente novo”, conta Ernest Kim, diretor da divisão de inovação avançada de calçados da Nike.
O Epic React é o primeiro tênis de corrida a contar com essa tecnologia — o modelo começou a ser vendido nas lojas do Brasil na última semana de fevereiro por R$ 699,90. Entretanto, o material é usado em modelos de basquete desde junho de 2017. Segundo a empresa, porque nenhum calçado da modalidade apresentava com equilíbrio a absorção de impacto e a velocidade de resposta de que os jogadores precisam em quadra.
Dois meses depois de introduzir a espuma em alguns de seus modelos de basquete, a Nike apresentou, em um pequeno evento em Londres, uma prévia do que seria o Epic React.
Mistura de ingredientes
Na receita de pão de Ernest Kim, os ingredientes para a criação do novo sabor são compostos químicos. O time de designers e engenheiros da companhia pesquisou materiais e interações entre esses compostos para que pudesse eliminar o que o diretor da empresa chama de “contrastes de performance”.
Por exemplo, materiais com boa capacidade de amortecimento geralmente não são eficientes no retorno de energia e vice-versa. Era justamente esse contraste que a equipe de desenvolvimento desejava eliminar. O Nike Epic React deve ser mais “lento” do que o Vaporfly 4%, modelo de longa distância mais rápido da marca e utilizado pelos atletas de elite nas principais provas do mundo. Em contrapartida, a novidade apresenta uma evolução considerável, em quase todos os fatores, sobre a maioria dos modelos que utilizam a espuma Lunar.
“A espuma React dá 13% mais retorno de energia do que a espuma Nike Lunar, e ainda proporciona uma corrida confortável. Em comparação direta com o Nike Lunar Epic Flyknit 2, o Epic React Flyknit é 5% mais leve, 11% mais macio e oferece 10% mais retorno de energia”, garante o engenheiro químico Hossein Baghdadi, um dos líderes do projeto na empresa do Oregon.
Peça única
Outra aposta pouco usual da empresa para seu novo modelo de corrida foi a de quase abolir a divisão entre sola e entressola. Abaixo do cabedal vai uma única peça de espuma React, com ranhuras de diferentes profundidades. As mais fundas são para dar amortecimento; as rasas mantêm a firmeza da estrutura.
É essa peça de espuma que faz contato com o chão no centro do pé. No calcanhar e na área frontal, o modelo tem uma placa de borracha para aumentar a tração com o solo e a durabilidade do calçado.
Assim como no Vaporfly, a espuma da entressola ultrapassa o perímetro do cabedal no calcanhar, em uma tentativa da Nike de unir amortecimento e estabilidade.
“O tênis foi pensado para respeitar o DNA de corrida da Nike. O Epic React faz isso contrastando nossos elementos clássicos com construções modernas. Isso pode ser visto de muitas maneiras em relação ao visual, incluindo o clipe no calcanhar e o passador de cadarço. Esses elementos preservam a identidade original, mas foram modernizados para o modelo”, afirma Ernest Kim.
Primeiras impressões
Rodrigo Roehniss, especialista e consultor da O2, testou o Nike Epic React antes de seu lançamento no Brasil. Olha só o que ele achou:
“O tênis veste bem e a malha de cabedal proporciona bom suporte aos pés. Apesar de ser macio, não gera instabilidade durante o ciclo de passadas. O Nike Epic React possui boa base de contraforte, dando suporte satisfatório ao calcanhar. É um tênis que trabalha bem em curtas e longas distâncias. O fator negativo é o sistema de amarração: os passadores muito estreitos dificultam o ajuste do cadarço”.
Peso: 272g (masc. tamanho 42) / 221g (fem. tamanho 36)
Drop: 10 mm
Categoria: amortecimento
Preço: R$ 699,90
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