Os tênis são os melhores amigos do corredor. Sem a dupla nos pés, muita gente jamais praticaria esse esporte. Você conhece bem o seu amigo? Sabe como cuidar dele para que dure mais? E o momento certo de trocar de parceiro e qual novo companheiro escolher? Descubra um pouco mais sobre esse importante item na vida de um corredor.
Qual é a função do tênis de corrida?
Os calçados desenvolvidos para esse esporte têm duas funções básicas: proteger os pés e pernas do esforço das corridas e permitir que o corredor desenvolva o máximo do seu potencial. Esse tipo de tênis é projetado para dispersar o impacto que o atleta recebe constantemente no calcanhar, quando os pés tocam no solo a cada passada. A força desses choques chegam até três vezes o peso do corredor, por isso o sistema de amortecimento deve ser muito eficiente, capaz de evitar lesões para os tornozelos, joelhos, entre outras partes. Outro fator indispensável é a flexibilidade na parte frontal do solado. Isso melhora a aderência, aumenta a sensibilidade e garante conforto.
Como escolher o tênis certo?
As pessoas têm três tipos diferentes de pisadas:
Para saber qual é o seu tipo de pisada, algumas lojas especializadas e clínicas de medicina esportiva já fazem o teste – conhecido como baropodometria. Após saber se você é pronador, supinador ou neutro, escolha um tênis certo para a sua pisada. O Guia de Produtos traz alguns modelos.
Como é a estrutura do tênis de corrida?
O tênis de corrida é formado por cabedal, palmilha, entressola, médio-pé, sola externa, calcâneo e antepé. Se esses nomes não te dizem muita coisa, vale a pena a consulta de cada item.
Cabedal – Corpo do calçado, a parte que cobre o pé.
Palmilha – Camada, muitas vezes removível, em contato com o pé acima da entressola e que mantém o pé corretamente posicionado dentro do calçado — é possível fazê-la sob medida.
Entressola – Localizada entre o cabedal e o solado, controla o amortecimento e os movimentos do calçado.
Médio-pé – Produzido em material resistente, forma uma armadura para dar estabilidade. Sola externa_ Fabricada com diversas camadas, age conforme as necessidades de cada parte do pé.
Calcâneo – Responsável pela estabilidade, amortecimento e impulsão.
Antepé – Com o bico levantado para facilitar o movimento da passada, dobra naturalmente a parte da frente do tênis.
Como limpar o tênis?
100% Seco – Após cada treino, deixe o tênis em área ventilada e à sombra, com o solado para baixo. Só não tente acelerar o processo com secador de cabelo, na secadora de roupas ou diretamente no sol, para evitar deformação e ressecamento de espumas e borrachas. O calçado úmido se deteriora mais rápido, até porque suor tem potencial corrosivo.
Trato sem água – Se você correu na chuva ou na areia e grama úmida, limpe seu tênis com uma escova macia. O processo de esfregar, molhar, secar e torcer pode prejudicar o cabedal e o sistema de amortecimento. Prefira um pano úmido no cabedal (dentro e fora) e escova com água e sabão neutro na sola. A palmilha e o cadarço podem ir ao tanque.
Limpeza geral – Se faltar tempo, leve seu tênis à máquina numa bolsa especial, feita em poliéster resinado furado e revestida internamente com escovas. Evite artigos de limpeza, como sabão em pó, amaciantes e alvejantes, que podem reduzir sua vida útil. Deixar de molho nem pensar. No máximo, passe-o por baixo de água corrente.
Direto na máquina – Tenha sempre mais de um par de tênis disponível. A vantagem de não ser fiel a um único modelo é não ter de ficar em casa durante as 24 horas mínimas de descanso do tênis. Esse tempo é necessário para que a borracha da sola volte ao tamanho original e o calçado recupere suas propriedades de amortecimento.
Todos os calçados de corrida têm uma vida útil e, depois, perdem as propriedades de amortecimento e precisam ser substituídos. Os fabricantes costumam marcar em 300 e 600 km o limite de um tênis, mas o valor pode variar de acordo com o modelo e com o perfil usuário. O ideal é controlar a quantidade de quilômetros percorridos com o item e, a qualquer sinal de incômodo, aposentá-lo.
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