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Escrito em forma de diário, o recém-lançado livro “A pequena guerreira”, do autor italiano Giuseppe Catozzella, narra a curta e sofrida história da atleta somali Samia Yusuf Omar, que morreu afogada, aos 21 anos, quando tentava chegar à Itália em um barco clandestino. Inspirada pelo atleta Mo Farah – filho de pai britânico e mãe somali –, a jovem arriscou-se na travessia para fugir da pobreza, da guerra e da perseguição religiosa em seu país. Seu sonho era disputar as Olimpíadas de Londres, em 2012.
Com a ajuda de Hodan, irmã de Samia que vive em Helsinque, na Finlândia, o autor conseguiu reconstituir a curta trajetória da mais jovem de seis irmãos, filhos de um vendedor de roupas e uma dona de casa.
Sua carreira como atleta contou com uma participação, aos 16 anos, no Campeonato Africano de Atletismo e, aos 17, nos Jogos de Pequim. Nesta ocasião, foi a última colocada nos 200 metros rasos, mas cruzou a linha de chegada aplaudida de pé pelo público, protagonizando um dos momentos mais marcantes daquela Olimpíada.
A obra aborda a idolatria da jovem por Mo Farah, cuja fotografia carregou até o fim da vida, como um amuleto, além de descrever, também, os treinos pelas ruas empoeiradas e esburacadas de Bondere, onde morava com a família. Com a ajuda da irmã Hodan, que vive na Finlândia, conseguiu reconstituir, ainda, o amor de Samia pelo amigo Ali, que a trairia um dia, a perda do pai, seu maior incentivador, a ascensão do grupo radical islâmico al Shabab, que tornou a vida dos somalis ainda mais complicada, até a difícil decisão de deixar seu país para tentar realizar o sonho de uma vida inteira.
O livro virou best-seller, ganhou o Prêmio Strega Giovani em 2014, e vai ganhar uma versão cinematográfica.
A Pequena Guerreira
Páginas: 224
Preço: R$ 29,90
Tradutor: Aline Leal
Editora: Record
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