O esporte faz parte da vida de Adriele Silva desde a infância. Mas virou profissão após ela amputar os dois pés. A paulista de Jundiaí começou no atletismo para auxiliar sua reabilitação e logo se destacou nas provas de velocidade. Migrou para distâncias mais longas antes de encontrar o triathlon a que se dedica em tempo quase integral atualmente.
Adriele precisou amputar os dois pés, aos 25 anos de idade, depois de uma infecção generalizada que a deixou mais de dois meses no hospital. Neste período, 20 dias foram em coma induzido. A causa, uma pedra no rim que não foi tratada adequadamente pelos médicos e entupiu o canal entre a bexiga e o rim. A situação evoluiu para sepse, que deixou as extremidades do corpo sem circulação e levou à necrose dos pés.
“Depois da amputação, entendi melhor o que é nosso corpo. Hoje vejo que é nossa principal ferramenta”, afirma a triatleta paulista, que fez aulas de ginástica artística durante a infância e chegou a disputar torneios de handebol na adolescência em Jundiaí, sua cidade-natal. O atletismo apareceu para auxiliar sua reabilitação após a amputação.
Adriele, que figura na edição Corpo da revista O2, mostrou levar jeito na modalidade e já na primeira competição bateu o recorde brasileiro dos 100m. Só que a falta de concorrência nas provas de velocidade de sua classe a estimulou a mudar para o triathlon, esporte que já admirava antes mesmo da amputação. A paulista chegou a almejar uma vaga olímpica, mas sua categoria, PT3, não foi incluída no programa.
Mesmo assim, foi ao Rio de Janeiro. Para assistir às competições, tamanho seu envolvimento com o esporte. Da Cidade Maravilhosa, voltou com o sonho de se classificar para as Olimpíadas de Tóquio 2020 e outra missão, talvez ainda mais ambiciosa: disputar um Ironman, composto por 3.8 km de natação, 180 km de bicicleta e 42 km de corrida.
A competição é a especialidade de Fernanda Keller, capa da edição Corpo da O2. A carioca participou de 25 edições do Mundial de Ironman, no Havaí, e inspira Adriele Silva no duro caminho de preparação que há pela frente. Algumas dificuldades com as próteses e a falta de segurança para treinar na rua ainda não permitiram à paulista treinar com foco no triathlon de longa distância.
“Eu não tive só a amputação, foram muitas complicações hospitalares. Então, quando se fala no corpo, não é apenas o que a gente vê. Para mim é muito além disso”, diz. “Agora sei da importância de me alimentar bem, fazer exercício. Meu corpo é meu maior patrimônio. Hoje e sempre”, encerra.
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