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Os irmãos mineiros Bernardo e Fernando Biagioni uniram a paixão pela corrida de montanha ao desejo de explorar a natureza no projeto Amazônia É Cura, uma série filmada na Floresta Nacional do Tapajós, no Pará. Na produção, a corrida é apresentada como ferramenta para respeitar o meio-ambiente e seus valores ancestrais.
Bernardo, jornalista e corredor, e Fernando, videomaker, rodaram por cinco dias pelo Pará, percorrendo 50 km no total em montanhas da Amazônia. Com paisagens de tirar o fôlego no percurso, das praias paradisíacas às florestas tropicais, eles retratam a diversidade de cenários da região e despertam atenção para a importância da preservação de áreas do “pulmão do mundo”, como é chamada a Amazônia.
Os momentos de corrida foram intercalados com uma imersão na cultura local. Recebidos por um guia local, eles tiveram como base o pequeno distrito de Alter do Chão, banhado pelo rio Tapajós e recheado de extensas faixas de areia branca. Dessas pequenas porções de areia, os irmãos tomavam barcos para as comunidades ribeirinhas.
“Se todos os dias pudéssemos dedicar um tempo da nossa rotina para visitar a natureza, todos os dias lembraríamos que estamos vivos”, diz Bernardo, que mantém o hábito de treinar na Serra do Curral, em Belo Horizonte. “Meus treinos de corrida sempre estão voltados para estar o maior tempo possível na natureza. E a Amazônia era um objetivo antigo.”
Como a Floresta Nacional do Tapajós é recheada de trilhas fechadas e lugares inóspitos, Bernardo utilizou o Strava para construir as rotas. O aplicativo serviu para mapear os lugares com possibilidade de passagem e dimensionar as distâncias que seriam percorridas.
“Quem corre nessas situações acaba estando sujeito a muitos imprevistos. Precisávamos saber se a trilha era aberta e se tinha lama, por exemplo, mas o mais importante é saber seu ponto de partida. Saber até onde você pretende ir e estimar esse retorno, desenhar um tipo de trajeto que seja factível”, explica.
Durante o período no Pará, a alimentação da dupla foi totalmente baseada em produtos típicos da região, como açaí e taperebá, fontes ricas em carboidrato. Comer o que a terra fornece e suportar as altas temperaturas da Amazônia não foi problema para Bernardo e Fernando, porém a floresta pregou peça nos irmãos – mas com um desfecho que, felizmente, só deixou uma história curiosa para ser contada.
“Em uma das primeiras caminhadas pela floresta, encontramos o que pensávamos que era uma jiboia bem grande. O guia logo meteu a mão no rabo dela na maior tranquilidade. Quando estávamos voltando para nossa base, em Alter do Chão, ficamos sabendo que não era uma jiboia, que era uma cobra perigosa, capaz de ter matado qualquer um de nós”, lembra Bernardo.
Confira o vídeo:
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