Algumas famílias sofrem da “febre olímpica”: pai, mãe e filhos não saem do clube e estão sempre praticando atividades físicas em busca de uma vida mais saudável. Assim era a família do médico Paulo Brasil, 34, de Mogi das Cruzes (SP). “Praticávamos tênis, futebol, canoagem, vôlei, entre outros esportes”, lembra. Quando fez 20 anos – com 82 kg –, ele entrou para a faculdade de medicina e começou a engordar. “Adquiri péssimos hábitos alimentares e comecei a beber.” Em pouco tempo, Brasil engordou 10 kg, chegando a 92 kg. Depois, após se formar e casar, ganhou mais 20 kg, atingindo a marca de 112 kg, em 1,79 m. Com a corrida e algumas mudanças em sua rotina, o médico já eliminou 20 kg em pouco mais de um ano e quer mais.
A gota d’água para que Brasil decidisse emagrecer foi em uma brincadeira com os sobrinhos. “Disse que ia brincar com eles [os sobrinho] no gramado do quintal e uma pessoa da família falou que eu não conseguiria”, explica. “Contei sobre o meu passado mais magro e com muita atividade física e a pessoa riu de mim.”
Depois daquele dia, procurou uma academia. “Lá, me passaram aquele treino ‘feijão com arroz’, mas como médico, decidi buscar mais informações sobre exercícios para perda de peso.” Assim, a corrida entrou para a vida de Brasil. Porém, o começo não foi nada animador. “Nas minhas primeiras tentativas, sofria de uma dor absurda nas canelas.” Ele sofria de canelite, dor comum entre os corredores. Isso não foi obstáculo. “Me cuidei e continue firme.”
Aos poucos, o médico foi se descobrindo no esporte e nos fatores que influenciavam para uma boa corrida. “Notei, por exemplo, que ao comer feijão no jantar, eu treinava muito mal na manhã seguinte.” Suas leituras sobre corrida passaram a incluir informações sobre nutrição e ele também consultou um profissional para regular o seu cardápio.
Os treinos no começo era totalmente baseados nessas leituras e informações que Brasil colhia. “Com o tempo, vi que uma assessoria é fundamental para evoluir.” Hoje, seu treinamento é seguindo uma planilha orientada por um profissional. Ele corre quatro vezes por semana, além de praticar musculação e, de vez em quando, pedalar e nadar.
Em um ano e quatro meses, Paulo viu os 112 kg passarem para 92 kg. “Meu primeiro objetivo foi superado, pois queria segui uma planilha para perder um quilo por mês, sair da obesidade nível dois e atingir o sobrepeso.” Agora, seu objetivo é maior. “Quero eliminar mais 7 kg e chegar aos 85 kg.”
No último domingo (12), o médico completou sua primeira prova de 42 km: a Maratona da Disney, em Orlando, nos Estados Unidos. “A corrida é uma filosofia de vida, um modo de encarar o dia a dia e saber lidar com as dificuldades”, garante Brasil. “Esse esporte me fez retomar a saúde e as rédeas da minha vida, agora com novos alvos e novas visões.”
Em 2014, começará a fazer pós-graduação em medicina esportiva, que ele fará ao mesmo tempo que se especializa em nutrição. A corrida mudou a aparência física, a saúde e até a carreira profissional. Brasil tem um blog, onde fala sobre sua luta para perder peso e outras informações para quem quer seguir seus passos. Ele também é um dos fundadores do Projeto Carcará, que reúne pessoas do Brasil todo com o intuito de emagrecer com a ajuda de amigos em uma rede social.
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