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Antes e Depois: vida nova após NY

A batalha contra a balança é constante na vida de muitas pessoas. Desde a adolescência, o número que o ponteiro mostra, muitas vezes, não é o que queremos ver. Esse era o caso da coordenadora pedagógica Juliana Dziura Veloso, 26. Ainda jovem, saiu de Curitiba (PR) para viver por um tempo em Nova York (EUA). Seu peso não parou de aumentar desde então, e ela chegou aos 120 kg no início de 2013.

Nessa época, um amigo da família de Juliana estava terminando o curso de pós-graduação em fisiologia do esporte e se ofereceu para ajudar a coordenadora no início das suas atividades físicas. Era a hora de mudar. A coordenadora eliminou, incríveis, 37 kg, de janeiro a novembro de 2013. Com 83 kg, sua trajetória foi complicada.

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Ela fez tudo o que um iniciante deve fazer. “Passei por um nutricionista, cardiologista e, até, psicólogo”, lembra. Além disso, contava com a ajuda do colega fisiologista. “Fiz todos os exames necessários de check-up, desde glicemia a teste de esforço.”

O começo nos treinos não foi fácil. “Me sentia exausta após a corrida, mas a primeira vez que consegui correr 2 km direto, no final de março, foi incrível”, conta. “Eu não sabia como respirar direito, precisava fortalecer as pernas e quando o ácido lático começava a aparecer, já desistia.” Ela garante: “tive que superar várias etapas até conseguir me deixar levar pela corrida.”

Sua alimentação era a grande vilã do sobrepeso de Juliana. “Minha dieta era baseada em carboidratos brancos, uma barra de chocolate por dia, carnes vermelhas e frituras também diárias.” Ela também não tinha horário para comer e quando estava entediada, assaltava a geladeira. “Não tomava café da manhã e já ia trabalhar comendo besteiras”, relata. “Passava o dia sem energia, irritada e estressada.”

Quando passou a se exercitar, mudou totalmente a dieta. “Dou preferência aos grãos, carboidratos integrais, frutas e legumes”, afirma. “Aprendi que o café da manhã é uma refeição muito importante, principalmente pelo fato de treinar pela manhã.” Ela sempre se alimenta com pão integral e uma fruta, para ter a energia que precisa na hora da corrida. “Sempre gostei de chá, então, tomo várias xícaras ao longo do dia e também bebo, pelo menos, 3L de água diariamente.”

Ela foi, gradativamente, evoluindo nos treinos. “Estava correndo quase todas as manhãs, entre treinamentos de tiro e longões de até 15 km”, explica. Aos fins de semana, ela pedala para se divertir. “Tenho caminhado mais também”, diz.

“Correr me ajudou a mudar, me renovar. Sou uma nova pessoa”, ressalta Juliana. “Conheço meu corpo e sei que posso muito mais do que imaginei.” Para ela, “os dois primeiros quilômetros ainda são os mais difíceis, mas meu corpo entra em sintonia e sigo as passadas.” O esporte está na sua rotina. “A corrida é minha companheira, onde posso ter um momento apenas meu, em contato com meu corpo e com a natureza.”

“Antes, me sentia triste por estar gorda, então comia como fuga, mas voltava a ficar triste. Era um ciclo”, explica Juliana.  “Nada cabia em mim, comprar roupa era uma tortura, tinha raiva do mundo.” 

A coordenadora já correu três provas de rua e ainda quer queimar mais alguns quilos para atingir o peso que considera ideal: 75 kg. Além da medida da balança, sua vida mudou de outras formas. “Não me escondo mais no meu quarto e não tenho ‘raiva’ de pessoas magras.” Juliana sai mais para se divertir, aumentou a autoestima e mais. “A mudança foi tão perceptível que, no ambiente profissional, sempre sou apontada como exemplo.”

Ela deixa uma mensagem para quem precisa de um empurrão para sair do sofá e começar a correr. “Devemos acreditar em nós mesmos, até quando todos dizem que não vamos conseguir.” Juliana garante: “você precisa ir além do que acha ser seu limite, porque se continuar na sua zona de conforto, nunca obterá resultados diferentes.”

Tem uma história interessante ou conhece alguém que tenha passado por essas mudanças? Envie pra gente!

Redação

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