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Aos 78 anos, o aposentado Célio da Silva foi o participante mais velho inscrito na Beach Run, evento que fez parte do festival de esportes de praia Rei e Rainha do Mar e reuniu milhares de corredores na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no último sábado (22). Fanático por corrida e esbanjando saúde, Célio escolheu o percurso de 5 km sob a areia fofa de Copacabana para completar sua 82ª prova somente em 2018. Se o assunto é participação em eventos de corrida, nenhum outro atleta amador presente desbancou o aposentado desse trono no sábado.
Célio tem na ponta da língua o número de provas que disputou nos últimos anos e os tempos que registrou em cada uma delas. Nos últimos cinco anos, foram 365 provas disputadas, incluindo 16 meias-maratonas e uma maratona. A boa memória para citar seus feitos, diz ele, é uma herança positiva da corrida, esporte que aprendeu a amar quando há havia entrado na terceira idade.
Ele, que trabalhou por 46 anos com serviço de transportes, começou a correr apenas em 2007 e interrompeu mais de seis décadas de sedentarismo. A partir do momento em que a corrida virou um hábito, Célio quis compensar o tempo perdido e passou a ser figurinha carimbada em provas no Rio de Janeiro e até em outras cidades brasileiras. Mais do que um hábito saudável, o hobby é sinônimo de socialização para este aposentado.
“Eu acredito que, se eu não estivesse correndo, talvez fosse outra pessoa. Na verdade, acredito que nem estaria aqui falando com você [risos]. O exercício muda muito a nossa vida. Nós conhecemos muita gente. Tenho muita amizade nas corridas. Quando não me inscrevo em alguma prova, sentem minha falta e perguntam: ‘Ué, você não veio?’”, diz.
O planejamento de Célio na corrida vai da preparação meticulosa para as provas, com sessões semanais de fortalecimento muscular em uma academia do Rio, à maneira como ele guarda as medalhas que conquista. Ele encomendou um armário para estocar todas as medalhas, e cada uma delas é guardada com a data do evento o tempo feito escritos à mão.
Além da Beach Run, o armário de Célio terá ainda outra medalha neste fim de 2018: a da São Silvestre, um prova especial em seu movimentado calendário esportivo. Correr em meio a uma multidão em São Paulo tem um sabor especial para ele, que participa do evento desde 2012 – e pretende seguir assim por mais bons anos.
“Acho que só vou parar de correr se eu não aguentar mais. Enquanto estiver andando, chegando nas provas, não vou parar nunca”, finaliza.
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