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Aprender a meditar pode te ajudar na corrida? Muita gente pensa que meditar é ficar sentado, de olhos fechados e não pensar em mais nada. Mas, não é esse o único jeito de meditar; é um deles.
São várias técnicas disponíveis para você começar a entender os processos internos que acontecem quando meditamos e seus benefícios. Não à toa, atletas como Michael Phelps, Rafael Nadal e LeBron James são adeptos da ideia.
Em um estudo, pesquisadores de Harvard analisaram o cérebro de dois grupos distintos de pessoas. Um, composto por pessoas com o hábito de meditar. Outro, de indivíduos que não meditavam. Aqueles que já meditavam tinham uma quantidade maior de substância cinzenta em regiões sensoriais, o córtex auditivo e sensitivo.
“Quando você está atento, está prestando atenção à sua respiração, aos sons, está presente no momento, por isso é lógico que seus sentidos se aprimoram. Também descobrimos que eles tinham mais massa cinzenta no córtex frontal, que está associado à memória e à tomada de decisão”, disse a pesquisadora-chefe Sara Lazar, neurocientista do Massachusetts General Hospital e da Harvard Medical School.
Para ela, mudanças no cérebro já acontecem em apenas oito semanas de prática. Em um programa de redução do estresse baseado em mindfulness, participantes fizeram uma aula semanal e tinham a tarefa de praticar 40 minutos por dia, em casa. Só isso.
Além de fazer bem para a saúde mental, tomada de decisão e alívio do estresse, segundo outro estudo, de 2017, a meditação pode te ajudar em qualquer esporte que você pratique. Ela reduz a ansiedade, ajuda a lidar com a pressão e melhora a concentração de seus praticantes.
Pesquisadores da Universidade de Miami concluíram que alguns minutos por dia seriam capazes de ajudar os atletas a suportar as demandas mentais de horas de treinamento físico extenuante. Feito com jogadores de futebol americano universitários, o estudo comparou diferentes tipos de treinamento mental para resiliência ao estresse e descobriu que aprender a meditar pode ser muito eficaz.
Antes de aprender a meditar, todos responderam perguntas sobre a forma como estavam se sentindo e participaram de um teste de concentração com números. Depois de quatro semanas, os testes foram repetidos.
Na pesquisa, 12 minutos diários foram suficientes para melhorar o desempenho de esportistas e ajudar a aliviar o estresse e a pressão pré-competição. Os resultados mostraram que, quanto mais o atleta praticou a meditação, mais pontos obteve em atenção e humor. “O treinamento mental frequente ajuda a aliviar tensões emocionais que ocorrem durante o exercício físico”, explicou Amishi Jha, líder da pesquisa.
Para ela, a meditação mindfulness foi a mais eficiente nesse sentido. “A mensagem que fica para nós é a de que se planejarmos acelerar nossa rotina de treinos ou participar de alguma competição, uma meditação rápida pode sim ajudar”, disse.
No começo, tudo é barulho. Depois, vêm a concentração, a contemplação e o silêncio. “Aprender a meditar é cultivar uma relação com a mente, treinar a mente e estar presente. Isso fará de você um corredor melhor. Melhor, neste sentido, significa ser capaz de melhorar a sua corrida com você mesmo, seu corpo, sua forma, seu ritmo, sua atitude. Praticar meditação fez a minha corrida muito mais agradável”, explicou Amy Conway, professor de meditação shambala e corredor de longas distâncias, em entrevista sobre o livro do monge ultramaratonista, Running with the mind of meditation.
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