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Bárbara Coelho não entrou nos gramados russos uma vez sequer, mas terminou a Copa do Mundo valorizada. Enquanto craques do futebol, como Kylian Mbappé e Luka Modric, brilhavam dentro das quatro linhas, a jornalista roubava a cena com sua desenvoltura, simpatia e comentários no Central da Copa, programa que comandou ao lado de Tiago Leifert na TV Globo.
Conhecida por apresentar o Tá na Área e participar do Bem, Amigos, ambos do SporTV, com 30 anos, Bárbara Coelho não limita o seu interesse pelo esporte ao futebol.
Mais do que um atalho para o emagrecimento e a boa forma, a corrida fez com que a capixaba progredisse em sua profissão. Geralmente, ela é vista correndo no calçadão ou na areia da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Conforme ganhava ritmo na modalidade, via sua concentração e seu foco em frente às câmeras aumentarem.
“A corrida não é só um exercício físico. É completa para o corpo e a mente. O esporte trouxe uma maturidade que faltava para a minha vida. Eu me distraio com muita facilidade, principalmente fazendo atividade física. Quando comecei a correr, passei a entender o que precisava para me concentrar mais, os caminhos que preciso tomar para voltar à minha linha de raciocínio”, contou a apresentadora à O2.
O interesse pela corrida surgiu em 2013, três anos depois de sua mudança do Espírito Santo para o Rio. “Caminho mais fácil” para quem vive uma profissão em que a rotina é não ter rotina, a corrida simbolizou o reencontro com um estilo de vida mais ativo.
Conciliar o gosto pela corrida com as obrigações profissionais e a vida particular não é fácil. Com a apresentação do Tá na Área, as viagens constantes para São Paulo — onde é gravado o Bem, Amigos — e a necessidade de acompanhar os jogos ao vivo, o jeito, muitas vezes, é recorrer à esteira e às aulas de running quando vê uma brecha na agenda.
A maior distância completada por Bárbara em uma prova de corrida de rua foi 10 km. “Foi em uma corrida organizada pelo GNT [canal da Globosat], no Aterro do Flamengo. Fui meio forçada, porque já tinha feito a inscrição. Quando terminou a corrida, tive uma sensação incrível de prazer e satisfação”, recorda.
A participação em uma meia-maratona figura na lista de desejos da jornalista. Os 21 km só não saíram ainda porque ela não para de receber oportunidades profissionais.
“Estou muito feliz com meu momento profissional. Você começa a ter mais respaldo para os erros e os acertos. Não estou ali por favor. Não estou ali por cota. Gostaria que a mulher buscasse esse olhar. Nós conquistamos o direito de estar ali.”
No jornalismo esportivo, casos que envolvem torcedores agressivos e assediadores motivaram a criação do movimento “Deixa Ela Trabalhar”, integrado por Bárbara Coelho e mais de uma centena de profissionais.
Combater as situações do machismo, na verdade, se estende também à prática de esportes. Na corrida, são comuns os relatos de mulheres incomodadas durante seus treinos.
“Eu nunca passei por nada que me deixasse chateada, que fosse algum tipo de assédio. Mas vejo que as mulheres pegam aqueles fones gigantes e colocam nos ouvidos para não serem incomodadas no trajeto do trabalho ou até mesmo na corrida. Acho que, hoje em dia, o olhar é tão crítico que já vejo mudança de comportamento da sociedade. Acho que já há uma diferença de comportamento nas pessoas”, analisa.
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