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Não é apologia. Tampouco estamos falando do tetra-hidrocanabinol (THC), o princípio ativo da maconha — que causa os efeitos mais conhecidos da planta — mas, sim, do ativo canabidiol (CBD), alvo de muitos estudos e pesquisas. O motivo é que a substância está sendo utilizado por atletas para tratar dores musculares, segundo um artigo publicado na Outside, do colunista Graham Averill.
A Agência Mundial Antidoping (WADA) removeu o CBD de sua lista de substâncias proibidas em janeiro, e muitos atletas profissionais passaram a usar o canabidiol como alternativa ao ibuprofeno, incluindo o ciclista de montanha Teal Stenson-Lee. Muitos deles acreditam que é uma alternativa mais segura para analgésicos e anti-inflamatórios.
Além dos benefícios anti-inflamatórios, o CBD poderia servir de ansiolítico e analgésico. Mas, claro, sem o efeito colateral de ficar chapado proporcionado pelo THC. O CBD interage com os receptores de serotonina e vaniloides no cérebro, que afetam o humor e a percepção da dor, além de ser rico em antioxidantes.
Por aqui, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou a retirada do canabidiol da lista de substâncias proibidas. Apesar de controlado, seu uso deve possuir consentimento do órgão, aplicado em medicamentos para distúrbios neurológicos.
Trinta e oito estudos controlados foram feitos para definir a eficácia do uso da substância em diversos tratamentos médicos, de doenças inflamatórias a distúrbios do sono.
Uma revisão de 2008 da GW Pharmaceuticals, empresa que comercializa o CBD, examinou duas décadas de estudos pré-clínicos e testes em animais antes de concluir que o canabidiol pode ser eficaz para o controle da dor sem muitos efeitos colaterais.
Outra pesquisa da Universidade de Kentucky em 2016 examinou os efeitos do CBD em ratos com artrite e descobriu que o composto reduzia a inflamação e a dor. Ainda há outros estudos que rotularam o ativo de neuroprotetor, sugerindo que ele é capaz de reforçar o cérebro.
Embora existam muitas incógnitas, as evidências que comprovam a eficácia do canabidiol continuam crescendo. Um número crescente de atletas acredita que é muito melhor consumir CBD do que sofrer com os efeitos colaterais de longo prazo do ibuprofeno (como o aumento do risco de insuficiência cardíaca).
Um estudo de 2017, publicado no The Journal of The American Medical Association, descobriu que 69% do canabidiol testado não tinha a quantidade indicada no rótulo. A falta de padrões da indústria pode tornar a compra arriscada.
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