Quando assumimos a responsabilidade de ter filhos, sua criação exige uma participação grande dos pais. Tem que ter paciência com a bagunça que eles fazem. Tem que saber ensinar e também servir de exemplo para o desenvolvimento deles. Mas, e quando temos que dividir tudo isso com o amor pela corrida? Levar para o nosso filho e para nosso companheiro o comprometimento que temos com nossas provas? Pois é, não é uma tarefa fácil.

“Meu marido me apoia muito, mesmo acumulando várias funções constantemente porque tenho provas quase todos os finais de semana. Ele me auxilia sendo meu motorista, massagista, babá, fotógrafo, cozinheiro. Mas, mesmo sabendo desse comprometimento que eu tenho, ele pede para eu não exagerar pois fica muito cansativo cuidar de tudo isso”, explica Renata Cavalleiro, que há quatro anos compete e treina sério para a corrida de rua.

Ela segue o padrão de outras famílias que tentam equilibrar corrida e filhos. Compreensão e revezamento são palavras importantes para transformar o desgastante ciclo de treinamentos e provas em algo prazeroso, além de tentar despertar a paixão pela pelo esporte também na criança, mesmo que ela ainda não entenda tudo o que cerca este universo.

Renata geralmente se dedica à corrida pela manhã. Seu marido aproveita a noite para treinar luta. Se ambos não se apoiassem, seria difícil manter esta rotina e ter por perto a pequena Alice. Mesmo assim, muitas vezes contam com ajuda da empregada e de outros parentes.

“Minha filha está bastante habituada. Por ser pequena, ainda não teve chance de saber se vai gostar ou não da corrida, mas vai com a gente para diversas provas e já até subiu no pódio comigo. Em uma das ocasiões que ela não foi, teve até briga. Reclamou com minha sogra que queria estar junto”, diverte-se Renata.

Saber conciliar o amor por corrida e filhos é desgastante, mas gera um balanço muito positivo, pois a criança já cresce com o espírito de corredor.