Correr ouvindo música é um tema que costuma dividir opiniões entre corredores. Quem gosta de embalar as passadas com músicas diz que trata-se de uma estratégia para ganhar um gás extra durante o exercício, além de fazer o tempo passar mais rápido, e pode se dedicar horas para montar a playlist de corrida. Outros já afirmam que curtir um som representa uma distração e pode comprometer o rendimento.
Pensando em quem pertence ao primeiro grupo, o Ativo conversou com três músicos profissionais e corredores nas horas vagas – Japinha, baterista do CPM 22, MC Rashid e Dezinho, do Falamansa – para entender o que uma boa playlist de corrida deve ter.
Cada gênero musical traduz um estado de espírito e um momento do corredor. Batidas eletrônicas enchem o corpo e a mente de energia, enquanto um reggae clássico pode cair bem em uma corrida de fim de tarde na areia.
Pense qual o objetivo da sua corrida antes de escolher quais temas a embalarão. Um treino de tiros e que requer muita energia casa melhor com músicas mais rápidas. Já uma corrida em que não há preocupações com o tempo pode ser acompanhada de trilhas mais relaxadas. “Na praia, naquele pôr do sol, vou correr sem me preocupar com pace. Gosto de colocar um reggae do UB40 ou Peter Tosh. Vou chegar suado, com endorfina e sorriso na cara”, diz Japinha.
Muitos atletas se preocupam com a cadência de suas passadas e esquecem que o ritmo das batidas da música também influencia a corrida. “Para correr, gosto do rock que empolga, motiva, me dá vontade de sair cantando alto. Um rock que não seja acelerado, tenha uma cadência que me coloque para cima. Eu não sou fechado a outros gêneros musicais. Já fiz playlists com sons eletrônicos de marcação forte”, explica o baterista do CPM 22.
Para quem costuma correr sozinho, casos de Rashid e Dezinho, a música atua como uma espécie de companheira e ajuda a passar o tempo. “Gosto do agito, de correr curto e rápido. E treino sozinho. Então um treino curto para mim tem que ter música, tem que ser aquele treino que me deixa ir o mais rápido que posso. Coloco meu rap no ouvido e gosto de correr sozinho para ‘esmerilhar’ na pista”, conta Rashid.
“Todas as minhas playlists têm Cult e Pennywise. Treino muito sozinho e a música me faz companhia. É legal demais quando você está correndo meio quebrado e toca aquele rock do Pennywise e renova tudo. Aquele gás chega de repente. Algumas músicas mexem com a gente de verdade, e você acha energia não sei de onde para continuar correndo”, acrescenta Dezinho.
O Ativo juntou as preferências do trio e montou uma eclética playlist de corrida. Veja como ficou:
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