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Conhecida por ser uma das Six Majors Marathons – as seis maiores maratonas do mundo-, a maratona de Londres apresenta um percurso rápido e bonito, passando por diversos pontos históricos.
A prova é bem concorrida. São 40 mil vagas e o número de inscrições pode passar de 100 mil. Por isso, é necessário correr para garantir seu lugar. O maratonista Robson Abdalla conseguiu uma vaga nessa prova histórica e conta detalhes de sua participação. Confira!
Preparação
No domingo, dia 24, participei da Maratona de Londres, a minha 12ª maratona no total, a oitava fora do Brasil e a quinta das Majors (agora falta a de Tóquio para completar o circuito).
Estava muito preocupado e inseguro se conseguiria fazer a prova, pois 20 dias antes tive uma lesão na panturrilha que me obrigou a interromper o treinamento. Então fiquei os últimos dias fazendo uma hora diária de bike para tentar manter o condicionamento, mas o planejamento inicial de tentar conseguir fazer um bom tempo ficou prejudicado.
Nesse período, fiz um tratamento com anti-inflamatórios e analgésicos, massagens e gelo para tentar uma recuperação que me possibilitasse ao menos largar na prova.
Dia da prova
Na sexta, trotei meia hora e não senti nada. Assim, larguei com a esperança de fazer uma boa prova e saí acompanhando os marcadores de ritmo de conclusão de 3h30min até a marca dos 21 km. Daí surgiram dores muito fortes nas pernas e as panturrilhas deram sinais que me preocuparam. Acho que a falta de treino nos últimos dias acabaram fazendo falta.
Pensei em parar algumas vezes, mas consegui terminar com um ritmo mais lento e fechei com 3h47 min, um pouco acima do que pretendia, mas mesmo assim muito feliz por ter conseguido completar correndo.
A prova em si
Em relação à prova, como todas as Majors, foi muito bem organizada. O circuito é plano com algumas leves subidas e descidas ao longo do caminho. A participação do público é impressionante, acho que no mesmo nível de NY.
Notei apenas duas coisas que, se não chegaram a atrapalhar, pelo menos merecem atenção. A largada é um pouco apertada e só se consegue desenvolver o ritmo planejado depois de uns 3 km. Outra coisa a se observar são umas pequenas lombadas ao longo do percurso que merecem cuidado. Eu vi pelo menos umas três quedas em função disso.
No mais, considerei a prova como umas das melhores que tive a oportunidade de participar até hoje. O problema é a dificuldade para se inscrever. A organização disponibiliza apenas 1.000 inscrições para atletas estrangeiros, sendo que este ano a Kamel, operadora oficial para o Brasil, conseguiu apenas 40 vagas. Mas acho que todo esforço vale a pena para fazer essa prova.
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