Eu já participei de muitas provas nos meus 40 anos de idade, entre elas quatro maratonas do Circuito das Majors, e gostaria de fazer uma prova diferente, em um lugar bem inusitado. Além disso, queria quebrar um pouco o padrão de só viajar para correr os 42k, então decidi que a prova ideal para tudo isso seria a meia da Midnight Sun Marathon, na Noruega.
Descobri a prova por meio de uma amiga, que, inclusive, já estava inscrita para a maratona. Ela foi bem rapidinha com tudo isso. Comecei a pesquisar nos blogs e sites sobre a corrida e vi que quase ninguém tinha participado, talvez por ser muito longe, mas eu tentei arriscar e participei em 2016.
Depois que decidi fazer a prova, conversei com meu treinador e entramos em um acordo que seria melhor eu fazer os 21k, já que também estou inscrita para a Maratona de Buenos Aires, em outubro de 2016. O objetivo então passou a ser melhorar o meu tempo de meia após o tratamento de câncer. Meu melhor tempo tinha sido 1h52min00s.
Fiquei apenas quatro dias na cidade de Tromso – onde acontece a prova. O resto da semana passei viajando de um lado para o outro para conhecer novos lugares. A cidade é extremamente pequena e é toda organizada por noruegueses muito bem hospitaleiros.
Durante esses quatro dias que ficamos na cidade antes de correr, tínhamos marcado um treino de 30 minutos e fomos correr às 23h. Como não anoitece de jeito nenhum e meia-noite ainda tem sol, fomos correr até o outro lado de uma ponte onde há a Artic Cathedral, onde, no verão, geralmente acontece o concerto da meia-noite. O mais difícil pós-treino é conseguir dormir com aquele sol ainda brilhando lá fora, dá vontade de correr o dia inteiro.
O que achei mais estranho no dia anterior à prova é que não houve aquelas famosas “expos” tradicionais em todas as grandes corridas. Lá, eram apenas alguns stands onde eram vendidos os produtos da prova. Tudo era muito simples. O kit não vinha com camiseta – era necessário desembolsar 120 noks – quase R$ 50,00.
No dia seguinte, era o dia da prova, que acontece no período noturno. Por isso, passamos o dia descansando para, à noite (no relógio), estarmos preparadas e aquecidas (estava muito frio) para o grande momento. O que eu achei bem interessante foi a presença da rainha na largada das crianças, às 15h30.
A prova foi simplesmente demais! Apesar da temperatura super baixa (5ºC), toda a cidade foi para a rua. A paisagem é lindíssima, mesmo não tendo o famoso sol da meia-noite. O trajeto não é plano, mas os aclives foram super tranquilos. E o mais legal: consegui bater a minha meta de fazer a prova em menos de 1h52min, finalizando em 1h42min.
Assim que a prova terminou, só consegui pegar as minhas coisas e correr para o hotel, porque estava muito frio. Foi lá que caiu a ficha de que tudo tinha dado tão certo e que meu tempo tinha melhorado bastante. Foi uma experiência incrível, valeu muito a pena!
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