Eu Fui!: Patagonia Run

Atualizado em 26 de abril de 2016

Comecei a correr faz dois anos para perder peso, mas logo a corrida se tornou um vício para mim. Só tinha feito corridas de rua até então, mas, ano passado, uma amiga me convenceu a participar da Patagonia Run, em San Martin de Los Andes, Argentina. Seria minha estreia tanto em corridas de montanha, como em uma prova internacional. Ao pesquisar sobre o evento, fiquei encantada com o visual do percurso e resolvi aceitar o desafio.

Chegando ao local da prova, descobri que não só o visual faria daquela corrida um momento inesquecível. A organização e o clima acolhedor da equipe e dos participantes foram incríveis. O incentivo da torcida, tanto de quem participava como dos moradores e turistas da região, era emocionante.

Mas nem tudo foi uma maravilha, os trechos de subida da prova foram bem difíceis para mim. Além disso, os fatores climáticos não favoreceram o corredores. Em 2014, soube que estava bem mais frio e úmido, o que tornou a prova mais agradável, com direto a um pouco de neve em alguns trechos. Já na edição desse ano, a temperatura estava um pouco mais alta e o ar seco, tornando a corrida mais desgastante. Em alguns trechos, conforme os corredores passavam, a poeira subia, dificultando a respiração.

Em geral, o percurso de 21 km da Patagonia Run é uma relação de amor e ódio. Por um lado, as subidas são bem íngremes e muitas vezes “single trail”, ou seja, corremos, ou melhor, andamos em fila indiana, o que dificulta o controle do pace. Por outro lado, depois de toda subida tínhamos as descidas ou retas com vistas maravilhosas que compensavam todo o esforço.

Perto da linha de chegada, diversas famílias ficavam torcendo e incentivando os atletas. As crianças muito empolgadas com cada um que passava por elas e se animavam ainda mais quando um corredor estendia a mão para cumprimentá-las. Isso só fez aumentar a vontade de finalizar a prova do melhor jeito possível, dando aquele “gás” final.

Uma dica para quem for na próxima edição da Patagonia Run é não deixar de assistir a largada da quilometragem mais alta, que em 2015 foi de 120 km. A energia é indescritível, assim como as chegadas, uma mais emocionante que a outra. Os sorrisos, as lágrimas, as vibrações, os aplausos, a sensação de dever cumprido e o reconhecimento dos amigos, familiares e desconhecidos no final fazem toda a dor e o cansaço valerem a pena.

Gostei tanto da experiência de correr a Patagonia Run que já consegui convencer duas amigas a encararem o desafio comigo de novo no ano que vem. Agora, é só esperar!

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(Fonte: Agência Freeway Sports)