Papo de Corrida

Empreendedor, Fábio Seixas descobriu na corrida uma vida livre e mais feliz

Com uma mente fervilhando de ideias, Fábio Seixas descobriu nas ultramaratonas e na corrida pelas cidades novas formas de se conectar com o mundo e consigo mesmo. Manauara de 35 anos, morou em mais de 12 lugares diferentes e já está há sete anos em São Paulo.

Sócio-fundador d’O Panda Criativo, Fábio Seixas é uma das cabeças por trás do maior festival de criatividade, inovação e design da América Latina (Path Festival), paraquedista, velejador, surfista e ultramaratonista. Além de tudo isso, é idealizador do projeto Cidade Corrida, em que está prestes a se tornar a primeira pessoa a traçar uma trilha correndo pela Mata Atlântica de ponta a ponta.

Desde jovem, Fábio é o cara dos esportes. “Se naquela época meus pais incentivassem o esporte como carreira, eu teria sido atleta profissional de alguma modalidade”, relembra. Chegou a jogar tênis semiprofissional, basquete, futebol americano, passando pela escalada, surfe e paraquedas.

A corrida veio mais tarde, em 2014. Hoje, correr faz parte do seu estilo de vida e paixão. “Sou de paixões duradouras. Gosto de experimentar muitas coisas; das que eu gosto de verdade, mantenho”, conta o multiatleta, que já começou logo nas longas distâncias.

 

 

“Fui entender a corrida como um esporte quando estava treinando para subir o Kilimanjaro, há quatro anos. A corrida fazia parte do treino e, quando percebi, estava correndo 20, 30 km nas ruas de São Paulo, ‘de boa’. E não parei mais”, rememora.

Antes, a corrida era um meio para um fim. Depois de subir o Kilimanjaro, ele descobriu sua vocação nas quilometragens maiores, principalmente nas montanhas. “Minha primeira prova de verdade foi o Circuito das Serras. Eram 40 km de subida e 40 km de descida de Ubatuba até Cunha”, resgata.

Quando a cidade grande fica sufocante, Fábio se joga em atividades que alimentem a alma, o espírito e a saúde. Ou seja, qualquer esporte outdoor que envolva interação com a natureza.

“Buscar atividades que alimentam a alma é legal. Mas o que mais isso vai me trazer? Uma renda? Ótimo. Isso pode me apresentar lugares e pessoas que vão me fazer uma pessoa melhor? Melhor ainda”, explica o empreendedor.

Seu jeito livre de correr virou pano de fundo dessa vida agitada, cheia de viagens, aventuras e eventos. É meditação. Uma forma de desconexão com o externo para se conectar com o interior. O mundo sempre foi o quintal de sua casa, por isso não tem medo de se jogar. “A principal motivação é a minha natureza”, finaliza.

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