Estúdio inaugurado há um ano e meio no Itaim Bibi, região nobre de São Paulo, a Just Run Club, diferentemente do que sugere o seu nome, aposta em elementos que vão além da corrida para atrair clientes. Às 8h do dia 24 de julho, data em que a reportagem do Ativo esteve no local, remixes de faixas de DJs renomados nas caixas de som, um jogo de luzes coloridas no teto e as orientações do treinador Rubens Santoro injetavam motivação nas 16 pessoas que corriam em esteiras supermodernas, nas quais é possível ultrapassar os 20 km/h sem que o equipamento perca a estabilidade.
Com aulas dinâmicas e aparelhos modernos, os estúdios de corrida, cada vez mais populares nas principais cidades brasileiras, vêm ajudando a mudar o pensamento daqueles que associam a esteira ao tédio. Fugir da monotonia das esteiras de prédios e academias convencionais foi o que levou o contador Bruno Fernandes Poli, de 24 anos, a procurar as aulas da Just Run. “A coisa mais chata que tem é ficar correndo em casa, sozinho, olhando para a parede. Parece que você não chega a lugar nenhum. Aqui, o clima é completamente diferente. As pessoas estão na mesma pegada que você. A música te leva a correr em um ritmo mais forte e rápido. E o professor te leva ao limite. Parece que nada vai te atrapalhar”, diz o jovem.
Identificar o limite de cada um durante o exercício fica mais fácil com os frequencímetros que a academia disponibiliza para seus frequentadores. Uma televisão instalada em frente às esteiras detalha a frequência cardíaca de cada um, permitindo que o instrutor acelere ou reduza o ritmo de cada aluno.
“Conseguimos ver a resposta do aluno em tempo real. Sempre tentamos trabalhar acima dos 80% da frequência de cada um. Com o frequencímetro, dá para chegar no aluno e falar diretamente: ‘Está fraco’ ou ‘Segura um pouco o seu ritmo’”, observa Santoro.
Cerca de 80% do público que frequenta o estúdio é composto por mulheres. Dos 16 participantes da aula acompanhada pela reportagem do Ativo, 13 eram mulheres. Segundo Ricardo Pelosini, um dos sócios do estúdio, o sentimento de insegurança durante os treinos em ruas e parques de São Paulo faz com que algumas delas prefiram correr em ambiente fechados.
“Muitas mulheres têm medo de correr na rua. Para quem só pode correr às 6h30 da manhã ou à noite, correr em um parque pode ser perigoso”, analisa Pelosini.
A pedido do Ativo, Rubens Santoro, treinador da Just Run Club, deu sugestões aos atletas que correm em esteiras para que o exercício não seja entediante:
“Subir na esteira e ficar correndo sem um planejamento é monótono. O tempo não passa. Se você tem o acompanhamento de um treino ou uma aula, fica mais fácil de fazer e o desempenho é melhor.”
“Para quem treina sozinho em uma esteira, uma boa música é fundamental. Se você puser uma música muito lenta, aumenta a chance de não render bem. Aqui, sempre tentamos manter um padrão de música eclético, com o que está tocando em festas no exterior, pop, rock e até funk. Estamos sempre atualizando as nossas playlists para que não fique repetitivo para os nossos alunos.”
“Treine tiros. É uma forma de ficar menos tempo na esteira e ter resultados positivos para o corpo e para a evolução na corrida.”
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