Não há dúvidas de que as mulheres são capazes de conciliar vários papéis em suas rotinas disputadas por profissão, filhos, companheiros, família. Por isso, surgem cada vez mais mães corredoras, que usam o esporte como mais uma forma de expandir suas personas.
A corrida, por exemplo, pode ser um ótimo refúgio para extravasar dias cheios de tarefas. É o momento de treinar o corpo e a mente, se conhecer, descobrir, a cada conquista, o poder de se transformar e encontrar a melhor versão de si mesma.
Paula Narvaez, 35, é uma dessas mulheres que entram na categoria de mães corredoras e procuram nas passadas a motivação para ser cada vez mais forte e resiliente.
Fã dos 42 km, ela é mãe de dois filhos e criadora do blog Corre Paula, primeiro site voltado para mulheres e mães corredoras.
Durante a segunda gestação, de Nicolas, hoje com quase 1 ano de idade, Paula precisou dar uma pausa na corrida, mas não deixou de treinar para ter mais chances de ter um parto normal.
“O esporte deixa o corpo da mulher mais forte e pronto para gerar o bebê. No parto, a dor que a corrida nos traz durante as provas ajuda muito a nos tornarmos mais aptas emocionalmente para aguentar a dor”, acredita.
A corredora logo comprovou sua crença ao retornar de sua licença-maternidade, quando foi demitida. A corrida, neste caso, foi um alicerce para manter o otimismo.
“A corrida ajuda a saber quem você é, aonde quer chegar, a força que você tem e os seus objetivos”, afirma.
Além disso, os treinos ensinam que tudo é uma questão de tempo para a vida encaixar suas peças. Agora, Paula trabalha três vezes por semana em sistema home-office para uma empresa menor.
Por causa do pequeno Nicolas, precisou mudar a rotina e os horários do treino. Para 2019, ela já consegue enxergar novas metas e objetivos.
“Vou treinar e fazer um ótimo tempo em uma maratona, sim”, diz. “Tudo é questão de adaptação, você não precisa abrir mão de nada.”
Recentemente, Flávia Vinha realizou um sonho. Correu uma maratona antes de completar 42 anos e nem imaginava que chegaria a tal façanha. Seu compromisso com a corrida começou em 2015, para ficar o mais saudável possível para sua terceira gravidez, já que enfrentara a diabetes gestacional na experiência anterior.
Grávida do terceiro filho, manteve os treinos em dia, mas com intensidade leve, até o sexto mês. Depois, só voltou para a ativa dois meses após o parto.
Para treinar, se desdobrava para cuidar das filhas mais velhas, deixava o bebê com o marido pela manhã e corria para a assessoria esportiva, onde encontrava o pique para continuar firme nos objetivos.
“Encontrei pessoas que corriam comigo, que me incentivavam e eu as incentivava de volta. Então é um ciclo, você vai se superando e, quando vê, torna-se um hábito e um compromisso”, conta, creditando a disposição que nunca teve antes ao esporte.
“Quando a minha filha mais velha estava com 3 anos, não tinha todo esse pique físico. Eu me sinto mais ativa, confiante e quero que meus filhos me vejam como uma mãe que venceu. Acho que estou conseguindo transmitir essa mensagem”, diz.
Você também faz parte do grupo de mães corredoras? Veja as dicas da treinadora Vanessa Furstenberger e das corredoras dessa matéria.
Treinar por conta própria pode ser mais difícil e um pouco arriscado para sua saúde. Por isso, invista em uma assessoria esportiva.
“É fácil e possível encontrar uma assessoria em que crianças são bem-vindas. Se a mãe tem a possibilidade de levar o bebê, precisa apenas se adaptar aos horários da criança”, sugere Furstenberger.
Se os filhos estão mais crescidinhos, melhor ainda: levá-los para o treino é uma ótima oportunidade para criar uma relação melhor com o esporte e as atividades físicas.
“Grande parte das crianças e adolescentes prefere o treino funcional, o que já ajuda a estimular hábitos mais saudáveis.”, fala a treinadora.
Esteja preparada para imprevistos e dias mais corridos. Paula Narvaez diz que o ideal é estar pronta para treinar tanto na rua como na esteira. “Sempre carrego a roupa do treino para onde vou”, completa.
O ponto mais importante para a jornada das mães corredoras ser ininterrupta é o suporte da família e dos amigos.
“Minha família sempre me incentivou a continuar treinando, porque sabe que sou uma mãe mais feliz e disposta quando me exercito”, sugere Paula. Uma rede acolhedora, com pessoas que te “põem pra cima” só vai melhorar a sua relação com todos, inclusive consigo mesma.
Participe de corridas de rua que estimulem a presença de crianças de todas as idades. Hoje são poucos os eventos de corrida que excluem os pequenos.
*Fontes: Flávia Vinha, atleta amadora; Paula Narvaez, marketeira digital e atleta amadora; e Vanessa Furstenberger, personal trainer.
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