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O dia 10 de junho de 2018 ficará guardado na memória da profissional de educação física Silvia Svensson. Disputando a segunda prova de 42.195 metros de sua vida, a mineira de 42 anos precisou de muita força de vontade para completar a Maratona de Porto Alegre. O motivo? Ela correu a segunda metade da maratona com a fíbula fraturada e, apesar das dores, concluiu a disputa em 4h21min49s.
“Eu estava bem na corrida. Quando cheguei no km 20, senti uma fisgada no calcanhar. Achei que era câimbra. O problema foi que começou a subir para a panturrilha. Eu tentava alongar, mas não melhorava. No km 22, eu já sabia que ficaria muito difícil para mim. A partir daí, decidi fazer a prova trotando e estabeleci uma nova meta. Minha ideia inicial era fazer a prova em 3h45min. Com as dores, disse para mim mesma que tentaria completar em 4h30min”, contou.
Até o momento da fratura, Svensson mantinha seu pace na casa dos 5min10s/km. Seria o suficiente para atingir o objetivo de terminar em até 3h45min. Depois que as dores se manifestaram, seu ritmo despencou bruscamente – chegou a rodar o km 27 em 9min33s –, mas ela se manteve fiel à proposta de cruzar a linha de chegada. Na base do sacrifício, trotou e chorou até conseguir a sua tão sonhada medalha.
Ainda em solo gaúcho, ela não tinha conhecimento de que havia percorrido mais de 20 km com a fíbula da perna direita fraturada. No aeroporto de Porto Alegre, sem conseguir apoiar o pé no chão, precisou de uma cadeira de rodas para ir até o avião que a levaria de volta a Belo Horizonte, cidade em que vive. A certeza de que o problema era grave só veio horas depois, na capital mineira, onde foi submetida a uma bateria de exames.
De molho há dez dias, Svensson segue com a perna direita imobilizada, mas não para de pensar em seus próximos objetivos na corrida. Ela quer disputar a Volta da Pampulha e a São Silvestre ainda neste ano – seu tempo de recuperação para a fratura na fíbula é de aproximadamente três meses.
Para 2019, a meta é ainda mais ousada: quer ir a Nova York para correr a major da maior cidade norte-americana.
Questionada pela reportagem do Ativo se não devia ter poupado o seu físico em Porto Alegre por causa da fíbula fraturada, ela não mostrou arrependimento algum.
“Valeu a pena. Prefiro voltar para casa com a fratura do que não terminado a prova. Eu ficaria ainda mais chateada se não tivesse terminado”, disse.
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