Não é novidade que corredores se envolvam com a preservação ambiental: as corridas de montanha sempre apresentam uma proposta ecológica, e a Maratona de Tóquio, por exemplo, é conhecida por não deixar nenhum lixo nas ruas. Agora, uma nova prática que mistura a corrida com as causas ambientais está ganhando força pelo mundo. O plogging consiste em correr recolhendo o lixo encontrado pelo caminho e levá-lo em sacos até o lugar correto de descarte.
O movimento foi fundado pelo sueco Erik Ahlstrom, que usou uma mistura da sua língua natal com o inglês para batizá-lo: “plocka” (recolher) e “jogging” (correr). Rapidamente o movimento deixou o país nórdico e se espalhou por outras comunidades – nas redes sociais, é possível encontrar menções à prática nos e diversos locais do mundo.
A página do movimento no Facebook promove constantemente eventos para “ploggar” em várias cidades suecas. No Instagram, são quase duas mil publicações usando a #plogging, incluindo posts vindos da Alemanha, Estados Unidos e África do Sul.
Em terras brasileiras é um pouco mais difícil de encontrar menções ao plogging, mas a prática tem tudo para dar certo no país.
Além dos benefícios da corrida, os ploggers afirmam que fazem um exercício mais completo do que a corrida tradicional, já que os “agachamentos” para recolher o lixo e carregar o peso dos sacos pode ativar diferentes partes da musculatura.
O treinador César Rodrigo concorda que quando há uma preocupação com a mecânica, realmente há uma vantagem: “Há uma contração isométrica do braço, o ombro é ativado como estabilizador, tem todos esses exercícios a mais”. Entretanto, se a coleta e a corrida forem feita de maneira descuidada, o resultado é o inverso: “Correr com esses pesos todos não é adequado. Não vai trazer benefício nenhum, somente um risco de lesionar a lombar”.
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