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Item essencial nos guarda-roupas das atletas, os tops esportivos ganharam flexibilidade e se ajustam ao corpo da mulher. Porém, nem sempre foi assim. Enquanto as principais marcas de material esportivo do mundo investem há décadas tempo e dinheiro para criar sistemas de amortecimento mais tecnológicos para os tênis e tecidos mais leves para as camisetas, a revolução nos tops foi tardia.
Na edição de 2015 da Maratona de Londres, a Nike entrevistou centenas de mulheres sobre suas experiências com tops esportivos. O alto grau de insatisfação do público feminino fez a marca constatar que era preciso renovar o segmento. 80% das mulheres relataram desconforto ou dor no peito enquanto corriam. Algumas sequer sabiam o tamanho dos tops que deveriam usar, sobretudo em atividades de alto impacto.
O uso de um top sem a sustentação adequada pode acelerar a queda das mamas, afirma a médica do esporte Karina Hatano. Outro benefício de um bom top é evitar a fricção com a pele, afastando as assaduras. Um estudo feito pela empresa Santaconstancia, em parceria com a Compasso Instituto Médico, revelou que os modelos estruturados (o soutien e o top esportivo) tiveram melhor desempenho que o suporte sem encapsulamento e compressão, já que minimizam o balanço das mamas durante a corrida.
“A ciência mostra que o melhor top é aquele no estilo nadador. Quando a atleta fizer um determinado movimento, a mama tende a circular em um movimento que simula um ‘oito’. Sem o top adequado, a pele fica elástica e a mama, mais caída”, confirma Hatano. “O mercado começou a investir mais em conforto. Antigamente, era um top que não tinha bojo ou proteção. Era uma malha de algodão. Agora, as marcas usa tecidos que melhoram a parte de transpiração. O acúmulo de suor pode causar fricção e lesionar a pele.”
Frequentadora assídua da academia e corredora aos fins de semana, a bancária Ana Clara Saraiva, de 29 anos, hoje paga caro em um único top sem arrependimentos. Um dos motivos é preservar a sua prótese de silicone, que colabora para deixar a mama mais pesada. “Tenho um que custou R$ 300 e vale cada centavo. É um produto crucial. Você pode gastar qualquer trocado em uma camisetinha de tecido sintético, mas top não pode ser qualquer um”, afirmou.
Anna Palhares, especialista em produtos da Nike do Brasil, confirma que o salto de qualidade nos tops aconteceu há três anos. Até a chegada da tecnologia ajustável, que se adapta às curvas da mulher e oferece firmeza durante exercícios de impacto, os materiais usados nos tops eram, basicamente, poliéster e spandex.
“Foi em 2015 que tivemos uma grande renovação em termos de top, a partir de um olhar ainda mais exclusivo para a mulher. Houve o surgimento de um serviço personalizado, que ajuda a consumidora a encontrar o top ideal com base não apenas no tamanho, mas também de acordo com o nível de suporte necessário para cada tipo de treino”, afirma Palhares.
Após diversos testes promovidos por designers e engenheiros na matriz da Nike, em Portland, saíram poliéster e spandex e entraram tecidos mais tecnológicos, como mesh, flyknit (o mesmo usado no Vaporfly 4% Flyknit) e poliamida. As alterações ofereceram mais leveza, ventilação e conforto, além de durabilidade e um caimento mais vistoso.
Nos testes e nas entrevistas feitas durante e depois da Maratona de Londres de 2015, a Nike constatou que nem todas as partes do top exigem firmeza. No caso do Nike Motion Adapt Bra, vendido por R$ 299, materiais de alta sustentação foram usados na região do busto, enquanto as costas têm um painel feito de malha (padrão nadador).
Um exemplo emblemático do crescimento dos tops foi a inauguração da Nike Bra Haus, um espaço criado em agosto, em Toronto, no Canadá, para que suas clientes personalizem seus tops. Esqueça tênis, meias de compressão e outras peças: na Bra Haus, o top é a bola da vez.
A equipe da Nike faz suas medições, faz perguntas sobre sua atividade esportivas, pergunta qual tipo de top te agrada e quanto de apoio você está buscando.
Uma das estratégias da Nike para divulgar a Bra Haus e atrair mulheres de todos os tipos foi convocar modelos “plus size” para a campanha publicitária dos novos tops esportivos. “A Nike acredita que, se você tem um corpo, você é um atleta”, diz um comunicado da empresa.
A Mizuno agora aposta suas fichas em um fio inteligente chamado Emana, que, segundo a marca japonesa, alia ciência e tecnologia para tornar os tops mais funcionais. Desenvolvido pela Rhódia, empresa de indústria química inovadora, o Emana promete diminuir a fadiga muscular e até os sinais da celulite.
“Nossa principal preocupação é que o corredor se sinta confortável para chegar naquele resultado que almeja. Quando falamos nos tops, procuramos sustentação e conforto para as mulheres. Muitas vezes, achamos que a questão principal na corrida é a pisada, mas também há preocupação com o movimento do braço. O conforto nas alças também é importante. Queremos que as atletas façam os movimentos sem que se sintam atrapalhadas”, afirma Gabriela Castro, gerente de vestuário da Mizuno no Brasil.
O top Mizuno Sky Run Emana pode ser adquirido por R$ 74,99 em lojas físicas e na internet.
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