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Por diferentes razões, a corrida cresceu no Brasil nos últimos anos. Hoje, já não se traça o perfil do corredor com a mesma facilidade de 15 anos atrás. Homens, mulheres, jovens, idosos, brancos, negros, altos, baixos, magrinhos, gordinhos… Todos fazem parte e são bem-vindos a integrar o time da corrida. A edição 177 da Revista O2 apresentou diferentes histórias e mostrou como a corrida quebrou estereótipos. Acompanhe a primeira delas — do publicitário Rodrigo Bueno, 33.
Rodrigo Bueno
Rodrigo Bueno é um dos milhões de brasileiros que entraram na corrida nesta década em busca de uma silhueta mais fina. O ponto de partida para dar suas primeiras passadas foi a insatisfação com a própria imagem ao ver sua foto em uma comemoração de Réveillon. Nada contente com os 100 kg que carregava em um corpo de 1,70 metro, passou a treinar, estudar planilhas e entender mais sobre tênis. Mas calma, esta não é mais uma daquelas histórias sobre corredores que eram obesos e, de repente, correm uma edição da Maratona de Boston com o vigor de um queniano.
Bueno, hoje com 78 kg e livre dos problemas de autoestima que tinha há seis anos, não tem o índice de gordura padrão de um corredor de alta performance; entretanto, atinge bons resultados. Embora tenha entrado na corrida em busca de emagrecimento, ele descobriu motivações diferentes e novas metas na modalidade. O que era a princípio algo meramente estético e relacionado à saúde converteu-se em algo prazeroso para o corpo e a mente.
Além de ter uma maratona na bagagem, ele é capaz de correr 10 km em 43 minutos, tempo que é recebido com surpresa e desconfiança por outros corredores.
Em uma época depois do emagrecimento, ganhou alguns quilinhos e tornou-se alvo constante de questionamentos. Hoje, mesmo com uma silhueta mais magra, os comentários continuam.
“As pessoas olham para mim e dizem: ‘Não é possível que você tenha feito um tempo tão bom’. Também tem quem fale: ‘Eu olho para você e não vejo um corredor que faz 10 km abaixo de 45 minutos’. Sempre me perguntam qual é a fórmula mágica para correr 10 km em 43 minutos. Eu sempre digo que é acordar cedo, ir para o parque e treinar. Esses questionamentos vêm do pessoal da corrida mesmo. É gente que pensa: ‘Eu tenho um físico melhor que o dele e não consigo correr assim’”, relata.
Os questionamentos e os olhares tortos para os seus tempos velozes nas provas servem como combustível para que Bueno vá mais longe no esporte. Planejando a entrada no ultracompetitivo mundo do triathlon, ele agora busca a diminuição de seu índice de gordura. Preocupação com estética? Não exatamente. “Não é por imagem. Eu quero ser um atleta melhor. Se estivesse no patamar esportivo que almejo, me sentiria ainda melhor.”
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