É uma cena comum nas linhas de chegada ou até mesmo em trechos mais duros das provas de corrida: extenuados, atletas amadores sofrem as consequências físicas da perseguição ao objetivo traçado e sofrem com sintomas como tonturas, desmaios, falta de ar ou dores na região torácica. Todos esses quadros poderiam ser evitados pelo próprio competidor de uma forma simples: reconhecendo os sinais do corpo quando algo não vai bem na corrida.
Ao não respeitar os próprios limites e correr em estágios acima do que o corpo suporta, o organismo do atleta se manifesta. É assim que surgem as dores, o cansaço e os desconfortos gastrointestinais. Embora a superação dos limites individuais seja sempre enaltecida no esporte, insistir no exercício físico no mesmo ritmo em uma situação assim é um erro frequente e pode conduzir a quadros mais preocupantes.
Diretor médico da Maratona do Rio de Janeiro há 30 anos, Paulo Lourega acostumou-se a atender os mais variados casos de mal-estar durante as provas. Segundo ele, a maioria deles pode ser evitada pelo próprio atleta ouvindo os sinais do corpo.
Lourega cita o episódio de um corredor que, no dia de uma prova, notou que tinha uma irregularidade em sua frequência cardíaca e, mesmo assim, seguiu para a corrida. No km 2, o praticante já acusou o cansaço, algo improvável para alguém com sua experiência e nível de treinamento. O cansaço crescia a cada passada, até que, no km 6, o competidor avistou uma ambulância e pediu para ser avaliado. O diagnóstico de uma fibrilação atrial e a realização de uma cardioversão não eram o roteiro esperado para aquele dia, mas fizeram com que o paciente, dias depois, levasse uma vida normal após o susto.
“Os atletas não profissionais devem diminuir o nível de estresse e ansiedade e evitar o uso de qualquer substância sobre a qual não se tenha total certeza de seus efeitos benéficos. E, principalmente, que aqueles com espírito mais competitivo devem rever os valores e realizar todas as corridas respeitando os limites e os seus corpos, diminuindo o nível de exigência mesmo buscando melhores performances, e vivendo essas corridas como uma situação prazerosa e agradável, não como um momento de ansiedade e angústia”, recomenda o especialista em medicina esportiva.
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