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Quando o vice-campeão mundial de duathlon Talles Medeiros conta que é professor universitário, as pessoas geralmente assumem que é de Educação Física. Mas as aulas que ele dá no campus de João Monlevade da Universidade Federal de Ouro Preto são matérias de inteligência artificial para alunos de Engenharia da Computação.
O professor gosta de manter bem separadas suas duas vidas. Praticamente não leva sua paixão por esporte para a UFOP. E aproveita os cinco dias semanais que passa no município de cerca de 80 mil habitantes para treinar nas tranquilas estradas do interior mineiro os 60km de corrida e os 300km de ciclismo que precisa para se manter em forma.
“Sempre pratiquei esporte e a computação veio porque achei que profissionalmente seria melhor para mim”, afirma Talles. “E gosto muito da área também”, complementa o atleta, nascido na pequena cidade em que leciona – nos fins de semana, fica com a mulher e os filhos em Belo Horizonte.
Talles Medeiros escolheu a computação como profissão, mas foi o hobby que o levou ao exterior e à edição Corpo da revista O2. Todas as sete viagens que fez para fora do país foram para participar do Campeonato Mundial de duathlon. Nas última duas, na Austrália e na Espanha em 2015 e 2016, voltou para Minas Gerais com a medalha de prata da classe para atletas entre 35 e 39 anos depois de correr por 5km, pedalar por 20km e correr por mais 2,5km.
Uma viagem que o atleta e professor mineiro não pôde fazer foi para Buenos Aires, onde correria sua primeira maratona – até hoje ele nunca competiu na distância mais clássica da corrida. A seis semanas da prova na capital argentina, sofreu uma fratura por estresse durante um treino. A combinação do volume de treino com a intensidade das passadas – pretendia correr para 2h30min na prova – causou a contusão que o deixou quatro meses sem poder fazer o que mais gosta, se exercitar.
“Não conseguia treinar nada, nem natação. Acabou que foi um período de repouso forçado”, recorda Talles. O período foi sofrido para o mineiro, que aproveita a grande carga de exercícios para comer sem grandes preocupações. Jura que não comete excessos, mas também não segue dietas específicas.
Ao contrário de muitos atletas, não faz uso de suplementação, e come o que estiver na mesa. Seja na casa de seus pais em João Monlevade, onde fica durante a semana, ou na sua em Belo Horizonte, de sábado e domingo. “Não peço para fazerem absolutamente nada para mim”, garante.
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