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Vinicius Rodrigues sofreu um acidente de moto quando tinha 19 anos de idade. Perdeu parte da perna esquerda e passou a depender de uma prótese com joelho mecânico para se locomover. Seis meses depois, transformou o corpo em emprego. Virou atleta profissional e descobriu que poderia ter forma física ainda melhor do que antes da amputação.
O hoje velocista foi apresentado ao atletismo adaptado por Terezinha Guilhermina, atleta cega com oito medalhas dos Jogos Paralímpicos. Ao contrário de muitos companheiros de profissão, não buscou o esporte para tentar acelerar a reabilitação. Mas sim para começar uma nova carreira, já que não poderia realizar o sonho de ser militar.
“Fui para o atletismo com um objetivo já que era buscar meu novo sonho. Tinha perdido o sonho de ser militar e queria ajudar minha família financeiramente, além de poder viajar, conhecer o mundo”, explica. Deixou o Paraná, onde morava com a família, e se mudou para São Paulo para dividir um apartamento com outros atletas da Seleção de paratletismo.
Vinicius nunca tinha corrido em uma pista antes da amputação, mas precisou de pouco tempo para mostrar que tinha potencial na nova profissão. Na classe T42, o atleta de 22 anos de idade é recordista brasileiro dos 100m. Sua rotina de cinco horas de treino seis vezes por semana também inclui preparação para os 200m e o salto em distância.
Os longos períodos de exercícios na academia ou na pista do Centro Paralímpico Brasileiro levaram o paranaense a ter uma forma física melhor do que quando integrava as Forças Armadas. E a gostar mais de seu corpo, mesmo sem uma perna.
“A gente está todo dia no limite, sente dor, mas isso acaba ajudando na parte estética. Meu corpo melhorou muito depois da amputação”, diz Vinicius, feliz por ser convidado para integrar a edição Corpo da revista O2. “É uma valorização. Mostra que a pessoa mesmo com deficiência pode ter um corpo bom”.
Nos próximos três anos, Vinicius tem como missão elevar ainda mais a condição de seu corpo para tentar uma vaga nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Ele não se classificou para as Olimpíadas de 2016, atrapalhado pela falta de experiência no esporte e adversários de sua classe nas pistas nacionais.
Por isso, as viagens para treinar e competir, atualmente nacionais, devem passar a ser para o exterior este ano, cumprindo um dos objetivos de Vinicius ao escolher transformar o corpo em ganha-pão.
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