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Alguém de meia-idade, magro, treinando sozinho, absorto em seus próprios pensamentos, dentro de um parque. Se essa é a imagem que você tem do corredor típico, esqueça. O esporte foi transformado nos últimos anos. Comunidades de corrida plurais, relacionamentos em redes sociais e a apropriação do espaço público tornaram a modalidade mais urbana e jovem em todo o mundo. A corrida deixou de ser uma prática solitária para se tornar o esporte individual mais coletivo que existe. Um New Running.
Grande parte dessa transformação do público passa pelo surgimento de comunidades de corrida mundo afora. A diversidade de público e propósito desses grupos e o senso de pertencimento que eles geram são um poderoso motor motivacional e de convencimento de atletas que antes não se viam representados pela imagem coletiva do corredor.
Daí surgem comunidades LGBTQ+, grupos exclusivamente femininos, grupos formados pela comunidade negra, por pessoas que querem deixar o sedentarismo… e até por quem treina muito sério e quer baixar marcas constantemente.
“O New Running é o novo jeito de correr, mais agregador, mais coletivo e mais conectado à vida urbana contemporânea, seja entre pessoas sedentárias que estão buscando uma vida mais saudável, ou entre atletas experientes, que buscam sempre a superação”, explica Daniela Valsani, diretora sênior de Marketing da adidas, empresa que cunhou o termo.
Essa faceta mais coletiva, urbana e permissiva da corrida tem sido um ímã de novos praticantes. Gente que quercorrer, mas não sabe como começar, onde começar, e tem receio de se lançar sozinho no desafio. É exatamente esse o público que o Vem Com Nois tenta atingir.
Toda quarta-feira à noite, a comunidade do adidas Runners se reúne na Avenida Paulista para incentivar pessoas que nunca correram ou ainda se consideram iniciantes no esporte a completar 3 km em uma das vias mais conhecidas do Brasil. Funk na caixa de som, dança durante o aquecimento e constantes brincadeiras e gritos de incentivo dão o tom divertido dos encontros do grupo.
A união em torno de um propósito também está dentro do New Running. Mas não é o ponto principal. No Unicorns, grupo voltado à comunidade LGBTQ+ do adidas Runners, o ideal é um facilitador para a criação de umvínculo entre os corredores. Assim como o suor dos treinos e o incentivo mútuo. E esses laços geralmente extrapolam as horas de treino, justamente por serem construídos com base em esforço e interações.
“A grande verdade é que existe um mito acerca da corrida. As pessoas acham que não correm por se compararem aos outros, elas não se permitem correr”, diz Bruno Host, um dos fundadores do Unicorns. “Corrida é sobre superar do pequeno ao grande desafio. E as pessoas que você conhece nesse caminho se tornam amigas. O New Running não busca formar competidores, mas, sim, uma família que tem paixão pelo asfalto”, completa.
Essa democratização do público corredor e do próprio conceito do que é ser um corredor influencia o mercado de produtos esportivos. O recém-lançado UltraBOOST 19 já é prova disso. A adidas ouviu o feedback dos integrantes de suas comunidades ao redor do mundo para conceber a nova versão de seu principal modelo de tênis para o esporte, e criou um produto extremamente versátil.
“O UltraBOOST 19 foi desenhado com essa capacidade de se adaptar a todo tipo de corredor. Conseguimos recriar nosso tênis de corrida mais icônico, agora com menos partes e com características que agradam tanto ao atleta experiente como ao iniciante”, explica Daniela Valsani.
Mas engana-se quem acredita que o conceito do New Running só se aplica a novos corredores. A criação de laços e o compartilhamento de histórias também têm ajudado quem tem muitos anos e quilômetros de experiência na corrida de rua. E com desempenho de causar inveja.
Prova foi o projeto que a marca alemã capitaneou para fazer corredores que já estavam entre a elite dos amadores quebrarem marcas icônicas dos 10 km, 21 km e 42 km no ano passado. Por mais que cada integrante do grupo Speed Runner mantivesse sua própria rotina de treinamento, os atletas trocaram experiências, torceram juntos pela quebra das marcas e se ajudaram ao longo de todo o processo.
“Isso faz parte do New Running, faz parte da ideia de mudar conceitos, mostrar que pessoas normais são capazes de fazer coisas extraordinárias também”, analisa o treinador Cesar de Oliveira, que integrou o projeto e completou a Maratona de Berlim em 2h57min53s, superando o desafio de alcançar a maratona sub-3h.
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