No mundo dos profissionais, a rotina de treinos costuma ser dura e, muitas vezes, os atletas não conseguem dormir o suficiente. Mas o sono pode ser decisivo. Segundo pesquisa da Universidade de Stanford, horas de sono a mais funcionam melhor que qualquer pré-treino. Não importa se o atleta dorme pouco ou suficiente: quem dorme mais pode ganhar em performance e desempenho.
Essa foi a primeira vez que uma pesquisa avaliou os efeitos do sono extra em atletas de elite. A descoberta comprova uma teoria bem conhecida: o descanso também faz parte do treinamento e é completamente crucial para o bom funcionamento do organismo.
Qualquer um de nós sabe como noites insones ou dias exaustivos sem horas suficientes de descanso afetam o humor, as habilidades mentais e cognitivas e até as habilidades motoras. Segundo os pesquisadores, principalmente quando se trata de recuperação de esforços físicos duros, não há simplesmente nenhum tratamento melhor do que dormir.
Exercícios de alta intensidade e explosão também são afetados pela falta de descanso, mas os atletas que realizam trabalhos extenuantes e prolongados, como as atividades aeróbicas e de longa duração, parecem ser os mais prejudicados com as poucas horas de sono.
A maioria das pesquisas estudou os efeitos da privação do sono em atletas de elite – e não os efeitos de horas extras na cama. A pesquisa da Universidade de Stanford resolveu ver o sono como uma vantagem e pesquisar se entre os atletas de basquete da própria universidade quem dorme mais teria o desempenho melhorado.
Primeiro, mediram o desempenho atlético depois da quantidade normal de sono. Em seguida, passaram semanas tentando estender o horário na cama para ver o efeito sobre o desempenho atlético.
Onze jogadores do time de basquete masculino usaram pulseiras com sensores de movimento para determinar quanto tempo eles dormiam em média – pouco mais de 6,5 horas por noite. Durante duas semanas, a equipe continuou treinando normalmente, enquanto os pesquisadores mediam o desempenho em sprints, lances livres e arremessos de três pontos.
Em seguida, os jogadores foram orientados a tentar dormir o máximo que podiam, num período de cinco a sete semanas, com o objetivo de atingir 10 horas de sono por noite. Os atletas conseguiram aumentar para uma média de 8,5 horas por noite. E os resultados foram surpreendentes: todos foram mais rápidos e tiveram um desempenho melhor, com evolução de até 13% em sprints, arremessos ou resistência física.
Vale dizer que uma melhora de 13% no desempenho é o tipo de ganho que se associa ao uso de susbtâncias ilícitas ou a anos de treinamento – e não apenas a horas de sono a mais. O estudo sugere que se os atletas de elite tivessem mais tempo para dormir iriam desempenhar muito melhor, em qualquer esporte. Então, comece a ver o sono como um impulsionador do desempenho. É um investimento inteligente.
Fontes: Faster, Higher, Stronger: How Sports Science Is Creating a New Generation of Superathletes–and What We Can Learn from Them, Universidade de Stanford
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