Após inúmeras suspensões e adiamentos de provas de corridas por todo o mundo devido à pandemia de Covid-19, alguns questionamentos de como seguir em frente, ajustar o ciclo de treinos e qual nova prova-alvo escolher podem estar presentes na cabeça de muitos atletas. Em meio a tantas dúvidas, o importante é recomeçar, não parar e ajustar seu treino de forma inteligente.
Durante essa fase de suspensões e adiamentos de corridas, enquanto não há uma prova-alvo definida, o importante é seguir em frente, continuar treinando e criar novos desafios.
Segundo o treinador de corrida Carlos José Santos, é difícil saber exatamente como prosseguir diante deste cenário, mas o melhor para o corredor neste momento é encerrar seu ciclo de treinamento atual, planejar e definir, junto de seu treinador, o início de um novo ciclo para uma futura prova.
“Manter o mesmo ciclo de treinos por mais quatro ou seis meses pode ocasionar ao atleta exaustão física e mental, aumento do risco de lesão ou, no melhor dos cenários, que ainda é longe do ideal, o condicionamento pode chegar em um nível em que o atleta terá dificuldade em evoluir, podendo ocasionar ainda grandes frustrações”, explica o treinador.
O final de um ciclo é o momento de maior exigência e consequentemente impacto no sistema imunológico do atleta. Por este motivo é necessário não parar a atividade física, desde que se siga as recomendações das autoridades de saúde locais para evitar a propagação do vírus.
“Muitos atletas podem ter mais dificuldades em entender e aceitar essa conclusão de ciclo de treinos sem que a prova tenha sido feita, porém, não deixar de treinar e manter-se conectado com outros corredores, são atitudes de extrema importância”, aconselha o treinador.
A intensidade e o volume são duas variáveis importantes nos treinos que se modificam de acordo com a distância de cada prova. Ao longo da periodização, a tendência é que ambos aumentem para preparar seu corpo para a prova. Com os adiamentos das corridas, é importante que tanto o volume quanto a intensidade diminuam para preservar o atleta.
“Em seu novo ciclo, você pode começar com duas semanas de recuperação e considere reduzir para 25% ou 50% no volume de treinos. Em seguida, comece seu novo ciclo de treinamento com os períodos de base. O aumento de volume e intensidade acontecerá aos poucos”, explica o treinador. “É importante lembrar que o atleta deve manter a regularidade para manter a cabeça boa e a imunidade em dia”, completa.
Olhar positivamente para a situação pode ser um bom método de motivação. Comece encontrando uma nova prova-alvo, caso a sua tenha sido alterada, aproveite o início de seu novo ciclo e utilize tudo que aprendeu no anterior como trampolim para conquistar resultados ainda melhores.
“Apesar de tudo isso, observe o lado positivo, você pode iniciar seu próximo ciclo de treinamento em um nível de volume mais alto do que se tivesse corrido a maratona porque não precisará de muitas semanas de recuperação ou mesmo de parar os treinos para se recuperar, além de não perder o hábito e a forma física consistentes”, conta o profissional. “Isso permite que você construa uma base ainda maior de condicionamento aeróbico antes do seu próximo plano de prova”, completa.
Fontes: Carlos José de Souza Santos, professor e treinador de corrida, pós-graduado em Ciência da Performance Humana
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