Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Em corridas de longa distância, o corpo geralmente é levado ao limite, e não faltam estratégias para fazer com que o desempenho seja mantido ao longo de algumas horas de esforço. Uma tendência dos pelotões de elite das principais provas do mundo para isso pode parecer estranha: bochechar gel de carboidrato na reta final da corrida. Agora um grupo de pesquisadores da University of Victoria, no Canadá, diz ter comprovado a eficiência deste método.
No experimento, os cientistas analisaram a performance de ciclistas em um trajeto de 2h30min. Todos foram alimentados da mesma maneira antes do teste, mas durante a pedalada um grupo recebia um gel de carboidrato para fazer bochecho, enquanto o outro usava um placebo: substância com o mesmo gosto e aparência, mas sem os nutrientes. A primeira equipe apresentou o destaque esperado, e pedalou 1,7% melhor nos últimos minutos do treino.
De acordo com a nutricionista Maria Cecília Carvalho, o benefício de bochechar gel de carboidrato realmente existe, mas o método não deve ser usado de maneira inconsequente. “Pode ser uma estratégia para final de prova, ou para não deixar cair muito a energia entre um gel de carboidrato e outro”.
Segundo ela, em provas de alta intensidade, como uma maratona, os atletas têm dificuldade de ingerir os fluidos, e sua digestão também traz um gasto energético para o corpo. O bochecho, portanto, seria mais eficiente nesses casos.
Mas é preciso tomar cuidado com a técnica de bochechar gel de carboidrato. Segundo os cientistas da universidade canadense, ela funciona porque o organismo já inicia a digestão do nutriente na boca. Ao receber esse sinal, o corpo passa a acreditar que mais energia entrará em circulação e tem a impressão de que pode gastar um pouco a mais de suas últimas reservas.
Ao cuspir o fluido, essas reservas não são reabastecidas, e “enganar” o corpo por muito tempo pode resultar em uma exaustão.
Compartilhar link