Imagine a seguinte cena: você treina meses para uma prova, sem descanso, e ao chegar o grande dia sente um cansaço anormal durante o percurso, mesmo sabendo que está bem preparado para a prova. Se isso acontecer com você, saiba que algo foi mal planejado.
Entre os inúmeros fatores que podem fazer com que o seu rendimento caia, e você não alcance o seu objetivo, pode estar o esgotamento físico. Muitas vezes ele está ligado às desordens na alimentação, falta de sono e, na maioria dos casos, ao estresse físico e mental. Por isso que em sua preparação é essencial dosar a intensidade das atividades e dar importância à recuperação do corpo. São esses detalhes que fazem com que aconteça a melhora no desempenho.
Não adianta de nada você treinar feito louco se o seu corpo não tiver uma pausa para se recuperar. A fadiga pode aumentar os riscos de lesão e, até mesmo, deixar o corpo desprotegido contra doenças.
Saiba que tanto do ponto de vista fisiológico quanto do musculoesquelético é preciso uma recuperação adequada para que você não entre em overtraining. Em geral, o corredor acha que está recuperado por ter uma condição cardiorrespiratória muito boa e um limiar de desconforto muito alto, ignorando a linha tênue que separa esses dois parâmetros. Forçar o ritmo em cima do cansaço gera o acúmulo excessivo de catabólitos (o produto final do trabalho intenso), e esses resíduos requerem tempo para serem removidos. Já a musculatura fadigada perde o controle total de contração, gerando compensações que acabam resultando nas mais diversas lesões.
O que fazer?
O descanso ideal para você após determinado estímulo, com certeza, não será idêntico ao dos seus companheiros de treino. Por isso, é preciso estar muito atento às reações do seu corpo. Essas diferenças são determinadas por fatores genéticos, estilo de vida (como dieta e qualidade do sono), saúde geral, idade (com o passar dos anos a tendência é que a recuperação seja mais lenta), sexo (os músculos das mulheres tendem a se recuperar mais lentamente devido a menores níveis de testosterona) e variados fatores de estresse, como trabalho e (até) relacionamentos. Tudo isso influencia o quão rápido você se recupera e se adapta.
Mas se você é ligado nos “220 volts” e não consegue dar uma pausa, existem algumas saídas que vão além do sofá e das perninhas para cima. Você pode participar de treinos mais leves, também chamados de regenerativos. Podem ser, por exemplo, a prática de outras modalidades, como natação ou yoga. No entanto, enxergue esse descanso ativo como uma forma de recreação para que, do ponto de vista fisiológico, ele não represente mais um estresse para o corpo.
Fique ligado na alimentação
A fadiga momentânea é causada principalmente pela deficiência de vitaminas do complexo B. As B3 e B2 são as que mais interferem no rendimento, e estão em grãos integrais e legumes. Já a B12 também é importante e se encontra nas carnes vermelhas, leite e derivados. Cuide, também, da hidratação antes, durante e depois das atividades.
(Fontes: Marcelo Leitão, cardiologista, Raúl Santos de Oliveira, fisiologista, Levi Torres, diretor técnico do Treinamento Esportivo Sandro Performance, e Patrícia Bertolucci, especializada em fisiologia do exercício pela Unifesp)
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